Controladoria-Geral da União tem homens em 100% dos cargos de primeiro escalão

 Órgão é chefiado por ministro acusado de machismo contra senadora durante depoimento à CPI da Pandemia

A Controladoria-Geral da União tem apenas homens em todos os seus cargos de primeiro escalão. O levantamento foi feito pelo Brasil de Fato a partir das informações disponíveis na seção de “Autoridades” do site do órgão. Foram considerados os cargos de ministro, secretário-executivo e secretários, além dos chefes da Corregedoria-Geral da União e da Ouvidoria-Geral da União.

O posto mais alto ocupado por uma mulher na estrutura administrativa da CGU é uma secretaria-adjunta. A auditora Luana Roriz Meireles está no posto na Secretaria de Combate à Corrupção, que é chefiada pelo auditor federal João Carlos Figueiredo Cardoso. O secretário-executivo, segundo cargo mais importante do órgão, é ocupado por José Marcelo Castro de Carvalho.

Procurada, a CGU não quis comentar o levantamento. Caso o órgão decida responder aos questionamentos enviados pela reportagem, a nota será incluída.

Quem é quem no primeiro escalão da CGU:

Wagner Rosário, ministro;

José Marcelo Castro de Carvalho, secretário-executivo;

Felipe Dantas de Araújo, consultor jurídico;

Antônio Carlos Bezerra Leonel, chefe da Secretaria Federal de Controle Interno (SFC);

Roberto César de Oliveira Viégas, Secretaria de Transparência e Prevenção da Corrupção (STPC);

Gilberto Waller Júnior, corregedor-geral da União;

Valmir Gomes Dias, ouvidor-geral da União;

João Carlos Figueiredo Cardoso, chefe da Secretaria de Combate à Corrupção (SCC).

Durante sessão da CPI da Pandemia, na última quarta-feira (22), o ministro da CGU, Wagner Rosário, foi acusado de machismo ao proferir uma ofensa contra a senadora Simone Tebet (MDB-MS). O chefe da pasta disse que a congressista estava "totalmente desequilibrada" e causou tumulto com os senadores. O depoimento foi encerrado após o caso.

Indícios levantados por senadores durante o depoimento do ministro apontam para uma possível omissão do órgão diante das supostas fraudes na negociação da vacina Covaxin entre o Ministério da Saúde, a Precisa Medicamentos e o laboratório indiano Bharat Biotech. 

Quem é quem no primeiro escalão da CGU:

Wagner Rosário, ministro;

José Marcelo Castro de Carvalho, secretário-executivo;

Felipe Dantas de Araújo, consultor jurídico;

Antônio Carlos Bezerra Leonel, chefe da Secretaria Federal de Controle Interno (SFC);

Roberto César de Oliveira Viégas, Secretaria de Transparência e Prevenção da Corrupção (STPC);

Gilberto Waller Júnior, corregedor-geral da União;

Valmir Gomes Dias, ouvidor-geral da União;

João Carlos Figueiredo Cardoso, chefe da Secretaria de Combate à Corrupção (SCC).

Durante sessão da CPI da Pandemia, na última quarta-feira (22), o ministro da CGU, Wagner Rosário, foi acusado de machismo ao proferir uma ofensa contra a senadora Simone Tebet (MDB-MS). O chefe da pasta disse que a congressista estava "totalmente desequilibrada" e causou tumulto com os senadores. O depoimento foi encerrado após o caso.

Indícios levantados por senadores durante o depoimento do ministro apontam para uma possível omissão do órgão diante das supostas fraudes na negociação da vacina Covaxin entre o Ministério da Saúde, a Precisa Medicamentos e o laboratório indiano Bharat Biotech. 

Em reportagem publicada em 16 de setembro, foi mostrado que Rosário abandonou o rótulo de ministro “técnico” sobre o qual se apoiou para garantir o cargo que mantém desde a gestão do ex-presidente Michel Temer (MDB).

Militar do Exército Brasileiro, ele é formado na Academia Militar das Agulhas Negras, onde o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) também estudou. Rosário chegou a ocupar posto de Capitão antes de sair da Força, após passar em concurso para auditor federal, em 2008.

O ministro assumiu interinamente o cargo de ministro na gestão Temer, em maio de 2017, depois da demissão de Torquato Jardim. Primeiro auditor a ter o cargo mais alto da pasta, Rosário mostra cada vez mais sua adesão incondicional ao bolsonarismo radical.

Na noite de 6 de setembro, um dia antes das manifestações do Dia da Independência, elogiou manifestantes que invadiram a Esplanada dos Ministérios. Na ocasião, publicou uma mensagem nas redes sociais na noite com vídeo que mostra um grupo no local, no trecho mais próximo à rodoviária. É possível ouvir a voz de um homem dizendo "liberou a barreira".


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