China acusa EUA de promover "mentalidade da Guerra Fria" e proliferação nuclear
Pequim ataca venda de submarinos nucleares para a Austrália e aproximação de Washington com países asiáticos
Os Estados Unidos costuram alianças e acordos militares para reforçar sua estratégia de enfrentamento contra Pequim, afirmou o Ministério de Relações Exteriores da China. A chancelaria chinesa teceu críticas ao programa Aukus e também atacou a cúpula entre Estados Unidos, Índia, Japão e Austrália.
O Aukus é uma parceria entre Reino Unido, Estados Unidos e Austrália para municiar este último país com uma frota de submarinos nucleares. Os australianos abandonaram um acordo com a companhia francesa Naval Group de aproximadamente US$ 90 bilhões, cerca de R$ 470 bilhões, e fecharam a compra de material bélico com os EUA e os britânicos.
"A China mais uma vez exorta os três países a atender ao apelo da comunidade internacional, abandonar a mentalidade desatualizada da Guerra Fria e conceitos geopolíticos limitados, revogar a decisão errada, cumprir fielmente as obrigações internacionais de não proliferação e fazer mais para beneficiar a paz e a estabilidade regional", afirmou a porta-voz da chancelaria da China, Hua Chunying.
Pequim também criticou a cúpula organizada pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, com os presidentes de Índia, Japão e Austrália em Washington. Para os chineses, o evento foi uma demonstração da mentalidade estadunidense da Guerra Fria.
No restante da Ásia, as Coreias buscam amenizar o clima de tensão enquanto autoridades de Seul e Pyongyang buscam retomar os laços diplomáticos. Na Índia, milhares de agricultores entram em greve contra as leis agrícolas.
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