Governo anuncia pacote para aumentar crédito para estados e municípios

 Ministério da Fazenda apresentou 24 medidas visando aumento de investimento de governos e prefeituras

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (centro), apresenta pacote do "Novo Ciclo de Cooperação Federativa" - Divulgação Ministério da Fazenda

O Ministério da Fazenda apresentou nesta quarta-feira (26) um pacote de medida para aumentar a capacidade de estados e municípios contraírem empréstimos. A ideia é que governos e prefeituras possam ampliar seus investimentos e contribuir com a economia e o bem-estar.

“A gente quer promover o investimento não só no plano federal, mas promover o investimento no plano municipal e estadual. Porque, no final do dia, o que conta é aquilo que vai gerar bem-estar”, disse o ministro Fernando Haddad (PT), nesta manhã.

O pacote foi batizado pelo governo federal como “Novo Ciclo de Cooperação Federativa”. Ele contém 24 medidas, sendo 13 delas completamente novas. Inclui propostas de mudanças da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), as quais terão de ser aprovadas pelo Congresso Nacional para que entrem em vigor.

Sobre a LRF, especificamente, a ideia é endurecer regras de controle de gastos para evitar que governos locais assumam despesas além de sua capacidade de pagamento.

Para além disso, de forma geral, o pacote prevê alterações em regras sobre limites de crédito para estados e municípios. Para o governo, o aprimoramento criaria uma capacidade extra de investimento.

O governo propõe também alterar as regras de recuperação fiscal de estados. Elas servem para controlar gastos de entes da federação quando suas contas entram em colapso.

Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, por exemplo, aderiram a esse regime. Este ano, porém, seus governadores –Cláudio Castro (PL) e Eduardo Leite (PSDB), respectivamente – solicitaram mudanças nele por conta das dificuldades de cumprir suas metas.

A ideia do governo é ampliar o prazo de vigência do regime de recuperação fiscal, incentivar a saída antecipada do regime e autorizar a entes investir em parcerias público-privadas (PPPs) para reduzir seus gastos.

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou que o regime de recuperação proibia a contratação de pessoal e serviços, mas não garantia que essas medidas melhorariam as contas estaduais. A ideia do governo agora é focar em resultados.

Segundo Ceron, o pacote de medidas também vai reduzir conflitos entre estados e União. “O país estava vivenciando uma relação muito conflituosa entre União, estados e municípios. Estamos construindo uma relação diferente”, afirmou ele, lembrando da disputa judicial causada por corte de impostos sobre a gasolina promovido pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em março, o governo federal fechou um acordo com os estados para resolver a questão.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Secretário da Defesa viaja 60 vezes e bate recorde de uso de verba com passagens: R$ 527 mil

Baianão 2022: Vitória só empata e beneficia Barcelona de Ilhéus. Jacupa é goleado pelo Bahia e acaba a invencibilidade. Confira

Série B: Cruzeiro empata e continua próximo à zona da degola. Brusque vence e sai do Z4. Vitória só empata e continua no desespero. Ponte perde e continua perigando

Caso Marielle e Anderson: leia o depoimento de Élcio Queiroz com o relato do dia do assassinato

Chuva no litoral norte de SP: saiba como ajudar as famílias desabrigadas

Série D: em partida de ida pelas semifinais, Goleiro pega pênalti e Campinense arranca empate com Atlético-CE

Copa Verde 2023: hoje se decide os finalistas.

Guerra na Ucrânia faz preço do ouro subir e estimula retomada de garimpo ilegal no Pará

Ditadura nunca mais!

Tacla Duran acusa Moro e Dallagnol de corrupção, e denúncia vai ao STF; entenda o caso