Vulcão Cumbre Vieja entra em erupção nas Ilhas Canárias

 Um vulcão entrou em erupção ontem (19) na ilha de La Palma, no arquipélago espanhol das Canárias, lançando lava a centenas de metros de altura, que atingiu florestas e casas circunvizinhas e arremessou fragmentos de rocha derretida diretamente no Oceano Atlântico. O vulcão Cumbre Vieja, que continua ativo nesta segunda-feira segundo a agência de notícias Reuters, "engoliu" cerca de 20 moradias na vila de El Paso, mas os moradores foram retirados em segurança.

Nenhuma morte foi registrada até o momento e as autoridades do governo das Canárias disseram ter esperança de não ter que retirar mais ninguém da área ameaçada. O presidente regional do arquipélago, Ángel Victor Torres, afirmou à Radio Cadena Ser que "A lava está seguindo para o litoral e o dano será material. De acordo com especialistas, há cerca de 17 milhões a 20 milhões de metros cúbicos de lava".

Prenúncio da erupção, uma sequência importante de milhares de pequenos tremores de terra já vinha sendo registrada no entorno do Cumbre Vieja desde o dia 11 de setembro pelo Instituto Geográfico Nacional da Espanha e pelo Instituto Vulcanológico das Canárias. Os miniterremotos tinham focos a mais de 20 quilômetros de profundidade, e iam subindo aos poucos em direção à superfície.

A erupção do Cumbre Vieja pode causar um tsunami no Brasil?

Já na quinta-feira (16), os cientistas do Plano Especial de Proteção Civil e Atenção às Emergências de Risco Vulcânico das Ilhas Canárias (Pevolca) decidiram emitir um "alerta amarelo de risco" que, além de reforçar os avisos à população, indica um processo contínuo de atividade sísmica de evolução rápida no curto prazo, com uma possível formação de tsunamis, que poderiam atingir o litoral setentrional do Brasil.

O Observatório Nacional, principal instituição de pesquisa em geofísica no país, publicou na quinta-feira mesmo uma avaliação do potencial risco de desdobramentos da erupção do Cumbre Vieja para o Brasil. Divulgado no site oficial do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, o parecer explica que, teoricamente, a ocorrência de tsunami é possível, porém remota.

"Pela característica do vulcão" – explica a pesquisadora Suze Guimarães – "ele poderia causar uma deformação longitudinal muito grande, ou seja, arrasto de massa que, por sua vez, poderia gerar a formação de tsunamis e essas ondas poderiam chegar à costa sul-americana". No entanto, a pós-doutoranda em Geofísica pondera que um acúmulo de massa de tal magnitude poderia levar mais de uma década.  

O professor Aderson Nascimento, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, um dos potenciais estados ameaçados pelo tsunami, garante que a possibilidade de o fenômeno ocorrer é muito baixa. Para ele, a elaboração de um cálculo da espécie envolveria, além de saber dados do terremoto e do tsunami, também um cálculo da propagação das ondas do eventual maremoto. "No caso do Brasil, esse risco é muito pequeno”, conclui.

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