Governo quer usar Copa Feminina para trazer evento ao Brasil em 2027

 Presidente Lula enviou ministra Ana Moser para fortalecer candidatura por novo mundial de futebol no país

Ministra Ana Moser e presidente Lula posam com taça da Copa do Mundo Feminina em Brasília

O Brasil tem mais de um objetivo na Copa do Mundo Feminina de Futebol, que começa nesta quinta-feira (20) na Austrália e Nova Zelândia. Além da conquista de um título inédito para o esporte nacional, o país vai ao outro lado do mundo em busca de apoio para ser sede da próxima edição do torneio, em 2027.

Em maio, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) formalizou a intenção de o país receber a Copa. O Brasil concorrerá com a da África do Sul e outras duas candidaturas conjuntas: uma da Bélgica, Holanda e Alemanha e outra dos Estados Unidos e México.

A escolha será anunciada em 17 de maio de 2024, em votação no Congresso Anual da Federação Internacional de Futebol (Fifa).

Até lá, os países candidatos precisam apresentar compromissos com a realização da Copa à Fifa e demonstrar em documentos ter condições de sediá-lo. Além de estádios, a Fifa exige garantias de serviços médicos, de transporte, segurança, hospedagem e tecnologia.

O governo pretende colaborar para que esses requisitos sejam cumpridos.

Pedido de Lula

No último dia 11, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reuniu-se com a ministra do Esporte, Ana Moser, para tratar da Copa do Mundo Feminina. A ministra vai representar o governo brasileiro no torneio na Oceania. Ela recebeu a missão de fortalecer a candidatura do Brasil à sede da Copa de 2027.

Lula pediu que Moser faça todos os contatos para viabilizar isso.

“A reunião foi para marcar a posição do governo de buscar a sede da Copa do Mundo de Futebol 2027. A gente vem trabalhando nisso há algum tempo, com CBF e governo federal. A gente se coloca forte para buscar a Copa do Mundo”, afirmou a ministra, após a reunião.

Estratégia para modalidade

A ministra afirmou que a realização da Copa Feminina no Brasil seria um marco regional para o esporte, já que seria a primeira na América do Sul. Contribuiria também com a estratégia do governo de desenvolver a modalidade do país.

“Para nós, no Brasil, seria super importante, na medida em que a gente tem priorizado o desenvolvimento do futebol feminino, a construção de uma estratégia de apoio ao desenvolvimento da modalidade que estamos para apresentar”, ressaltou.

Segundo a ministra, essa estratégia envolve ampliar condições de disputa de campeonatos internos, pensar em planos de carreira de atletas, ampliar metodologias, especializações, espaços de iniciação, centros de treinamento e a perspectiva da participação.

“A Copa do Mundo seria a culminância de tudo isso”, disse. “É um evento simbólico da presença da mulher no esporte. O futebol é super forte no Brasil, mas para homens. Furar essa bolha e trazer essa visibilidade é nossa missão”, disse.

Lula como cabo-eleitoral

Nos bastidores, envolvidos na candidatura dizem que a decisão de Lula de sediar a Copa Feminina em 2027 tende a ser decisiva para a candidatura brasileira. Em 2007, quando o Brasil foi escolhido sede da Copa do Mundo de 2014, ele também era presidente.

Lula, aliás, tem se envolvido pessoalmente com a candidatura. Em março, ele fez questão de recepcionar no Palácio do Alvorada, em Brasília, a taça da Copa Feminina que estava numa turnê promocional por diversos países.

No evento, Lula esteve com o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.

"A Copa será um evento extraordinário. Um evento motivador para a construção de uma consciência da política junto ao povo brasileiro para que ele entenda que o papel da mulher na sociedade é onde ela quiser", disse o presidente Lula, na ocasião.

No governo, a Copa Feminina é vista como mais um evento que pode reposicionar o Brasil no contexto internacional. Em 2025, Belém será sede da 30ª Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Mudanças Climáticas (COP-30).

Em seus governos anteriores, Lula incentivou, além da realização da Copa de 2014, a organização da Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro.

Os eventos foram vistos como uma oportunidade para aceleração de obras de infraestrutura em cidades do país. Várias dessas obras não ficaram prontas a tempo.

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