Série B: Cruzeiro empata e continua próximo à zona da degola. Brusque vence e sai do Z4. Vitória só empata e continua no desespero. Ponte perde e continua perigando
Cruzeiro para no travessão, empata com Guarani e fica longe do acesso
O Cruzeiro chegou ao quarto jogo consecutivo sem vitória na Série B e praticamente deu adeus ao sonho de acesso. Nesta quarta-feira, empatou com o Guarani, por 1 a 1, no Brinco de Ouro, em Campinas, após acertar o travessão em três oportunidades. Com o resultado, chegou aos 32 pontos, mais próximo da zona de rebaixamento do que de um possível retorno à elite do futebol nacional. Já o Guarani subiu para os 42, ainda na briga pelas primeiras posições.
O Guarani não sabe o que é vencer o Cruzeiro desde 17 de outubro de 2004, quando, sob comando de Jair Picerni, fez 2 a 0, no Brinco de Ouro, com gols de Roncato e Viola. De lá para cá, o time bugrino amargou quatro empates e duas derrotas.
Após a derrota para o CSA, Vanderlei Luxemburgo apostou em um ataque mais experiente para o duelo contra os campineiros. Marcelo Moreno foi o líder da equipe dentro de campo e o responsável pelas principais oportunidades de gol da equipe celeste. No entanto, as redes só foram balançadas por um defensor. Giovanni cobrou escanteio na cabeça de Ramon, que abriu o marcador aos 12 minutos.
O Guarani não se encolheu após o gol, foi em busca do empate e chegou a dominar o duelo, mas a sorte jogou contra. O arremate de Júlio César carimbou o travessão. Mateus Ludke também teve grande chance, porém, jogou para fora. Quando o clube bugrino acertou o alvo, Fábio apareceu para brilhar.
Com o passar do tempo, o Guarani começou a mostrar nervosismo e errar lances teoricamente fáceis, bem semelhante ao segundo tempo do Cruzeiro contra o CSA, no qual o time celeste sofreu um 'apagão'. No entanto, esta fase durou apenas alguns minutos, e o time mineiro acabou não aproveitando as chances criadas.
O Cruzeiro voltou a cometer os mesmos erros do passado no segundo tempo e viu o Guarani empatar logo aos quatro minutos. Principal destaque do time campineiro na etapa inicial, Matheus Ludke enfim conseguiu marcar. Bruno Sávio passou por Rômulo e cruzou para o lateral, que dominou na barriga e chutou para superar Fábio.
O jogo ficou aberto, com bons lances de ambos os lados. O Cruzeiro chegou a marcar o segundo, com Bruno José, mas o árbitro acabou anulando a jogada, após confirmação do VAR. A decisão foi um balde de água fria no time celeste, e Fábio começou a brilhar, com importantes defesas, o que fez Luxemburgo mexer na equipe e promover a estreia de Keké.
O VAR, porém, foi pivô de polêmica na reta final. Ao analisar um impedimento que poderia virar expulsão de Bruno Silva, o árbitro de vídeo demorou mais de quatro minutos para confirmar o impedimento marcado pelo assistente. No entanto, o Cruzeiro, apesar de jogar os minutos finais com um homem a mais - Bidu levou o vermelho - não conseguiu evitar o empate e teve as melhores oportunidades com Ramon, que cabeceou no travessão, e na falta de Eduardo Brock, que também acertou o poste.
Na próxima rodada, o Guarani visita o Brusque, sábado, às 16h. No domingo, às 11h, o Cruzeiro recebe o Brasil, na Arena Independência, em Belo Horizonte.
FICHA TÉCNICA
GUARANI 1 X 1 CRUZEIRO
GUARANI - Rafael Martins; Matheus Ludke, Thales (Carlão), Ronaldo Alves (Índio) e Bidu; Bruno Silva, Rodrigo Andrade e Régis (Maxwell); Bruno Sávio, Júnior Todinho (Lucão do Break) e Júlio César (Andrigo). Técnico: Daniel Paulista.
CRUZEIRO - Fábio; Rômulo, Ramon, Eduardo Brock e Felipe Augusto; Lucas Ventura (Raúl Cáceres), Flávio, Giovanni (Ariel Cabral) e Claudinho (Bruno José); Vitor (Keké) e Marcelo Moreno. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
GOLS - Ramon, aos 12 minutos do primeiro tempo; Matheus Ludke, aos 4 do segundo.
ÁRBITRO - Rodolpho Toski Marques (PR).
CARTÕES AMARELOS - Júnior Todinho, Ronaldo Alves e Thales (Guarani) e Ramon (Cruzeiro).
CARTÃO VERMELHO - Bidu (Guarani).
LOCAL - Estádio Brinco de Ouro da Princesa, em Campinas.
Brusque vence confronto direto contra o Brasil de Pelotas e sai do Z4
Depois de uma primeira etapa sem grandes emoções, o jogo melhorou no segundo tempo no estádio Bento Freitas. Com o relógio marcando apenas cinco minutos, Diego Mathias, que havia acabado de entrar, aproveitou a sobra de bola na área e colocou os visitantes na frente. Na sequência, Edu quase ampliou, mas a bela finalização do atacante carimbou a trave.
Do outro lado, os anfitriões tiveram uma grande chance de empatar aos 28. Após cobrança de escanteio, Artur mandou no travessão e, no rebote, acabou furando e desperdiçando uma ótima oportunidade. E o tendo perdido fez falta. Isso porque, aos 45, Garcez ampliou para os catarinenses e fechou a conta.
Com o resultado, o Brusque pulou para o 16º lugar, com 29 pontos, dois a mais que o Londrina, que desceu para 17º. Já o Brasil de Pelotas segue na lanterna, com apenas 16.
Botafogo joga mal e empata sem gols contra o Vitória
Atuar fora de casa é a "kriptonita" do Botafogo. O Alvinegro, mais uma vez, teve uma atuação sem graça longe do Rio de Janeiro e não saiu do empate em 0 a 0 com o Vitória na noite desta quarta-feira, no Barradão, em partida válida pela 27ª rodada da Série B do Brasileirão.
O Botafogo desperdiçou a chance de abrir uma vantagem para o 5º colocado. Com o empate, o Alvinegro chegou a 48 pontos e é o vice-líder da competição. O Vitória, por sua vez, está na zona de rebaixamento: 18ª posição com 26.
Sem tempo para descansar. O Vitória volta aos gramados já nesta sexta-feira para enfrentar o Goiás no Estádio da Serrinha às 16h. O Botafogo entra em campo no dia seguinte para um confronto direto pela disputa no G4: o Alvinegro enfrenta o Avaí no Estádio Nilton Santos às 19h.
A partida começou a mil. O Botafogo criou duas chances promissoras em cinco minutos, mas parou em finalizações ruins. Tudo se desenhava para um jogo agitado e de chances abertas, mas o ímpeto alvinegro parou por aí, com a equipe diminuindo o ritmo.
Pelo lado do Vitória, a equipe mostrou dificuldade para criar jogadas e furar a defesa do Botafogo. O primeiro tempo, tirando os minutos iniciais, foi de poucas emoções, o que ajudou a explicar o placar de 0 a 0 no intervalo.
Se o começo do primeiro tempo foi de pressão do Botafogo, a metade inicial da etapa inicial foi rubro-negra. Bem mais atento, o Vitória ofereceu perigo ao Alvinegro principalmente por meio dos cruzamentos, levando a melhor no alto na maioria dos lances contra os zagueiros adversários.
Justamente no melhor momento do Vitória no jogo, quando o Leão pressionava no alto e na saída de bola, o Botafogo sofreu um baque: Kanu levou dois cartões amarelos em um curto período de tempo e, consequentemente, foi expulso. Com um a mais, os donos da casa foram ainda mais para cima.
Um jogador a mais, pressão, atuando em casa... O treinador Wagner Lopes tinha um cenário ideal de ataque e resolveu reforçar o setor, tirando Guilherme Rend, volante, e colocando Samuel, atacante. A questão é que o atleta nem ficou cinco minutos em campo: logo no primeiro lance no gramado, deu uma cotovelada em Gilvan e foi expulso. Dez contra dez.
Se a coisa já estava difícil com os times completos, com um jogador a menos de cada lado ficou ainda mais complicado. Após Samuel ter sido expulso, o Botafogo ensaiou uma pressão nos minutos finais e chegou a marcar com Rafael Moura, mas o VAR anulou. Ao apito final, resultado ruim para os dois.
FICHA TÉCNICA
Vitória 0x0 Botafogo
Data e horário: 29/09/2021, às 21h30
Local: Barradão, em Salvador (BA)
Árbitro: Vinicius Gonçalves Dias Araujo (SP)
Assistentes: Evandro de Melo Lima (SP) e Luiz Alberto Andrini Nogueira (SP)
VAR: Rodrigo Guarizo Ferreira do Amaral (FIFA - SP)
Gramado: Bom
Cartões amarelos: Raul Prata, Guilherme Rend, Pablo Siles e Samuel (VIT); Marco Antônio e Kanu [2] (BOT)
Cartões vermelhos: Kanu (BOT) e Samuel (VIT)
VITÓRIA: Lucas Arcanjo; Raul Prata, Matheus Mores, Wallace Reis, Renan Luis; Pablo Siles (Caíque Souza 15'/2ºT), Guilherme Rend (Samuel 32'/2ºT), João Pedro; Bruno (Gabriel Bispo 39'/2ºT), Manoel, Roberto. Técnico: Wagner Lopes.
BOTAFOGO: Diego Loureiro; Jonathan Lemos (Daniel Borges/Intervalo), Kanu, Gilvan, Carlinhos; Luís Oyama, Barreto; Marco Antônio (Warley/Intervalo), Chay (Ewerton 26'/2ºT), Diego Gonçalves; Rafael Navarro (Rafael Moura 43'/2ºT). Técnico: Enderson Moreira.
CSA bate Ponte Preta com gol aos 51 minutos e sonha com o acesso
Com pênalti revisado pelo VAR e convertido aos 51 minutos do segundo tempo, o CSA venceu a Ponte Preta nesta quarta-feira, de virada, por 2 a 1, no estádio Rei Pelé, em Maceió, fazendo renascer o sonho de acesso na Série B. Foi a quarta vitória consecutiva do time, que assumiu a sétima posição, com 41 pontos. Já a Ponte Preta ficou com os mesmos 32 pontos, mas agora no 14º lugar.
Com bola rolando, os dois times fizeram um primeiro tempo equilibrado e com dois gols. Logo aos 14 minutos, o lateral-esquerdo Rafael Santos arriscou de fora da área e acertou o ângulo do goleiro Thiago Rodrigues, colocando os visitantes em vantagem.
Atrás no placar, o CSA não mudou a postura ofensiva e pressionou a Ponte Preta pelo empate. Mas o time paulista era perigoso nos contra-ataques e por pouco não ampliou aos 23, com Fessin passando pela marcação e tocando para Moisés finalizar forte. O goleiro alagoano defendeu.
Mais presente no ataque, o CSA chegou ao empate aos 35 minutos, quando Marco Túlio chutou, Ivan rebateu para o meio da área e Iury Castilho mandou para as redes. Antes do apito final, os dois times voltaram a criar ótimas chances. O CSA logo aos 37, em chute de Dellatorre e os paulistas aos 44, com Moisés acertando a trave.
No segundo tempo a partida seguiu movimentada, só que também com polêmica. Logo no primeiro minuto, Iury Castilho recebeu cruzamento, ganhou da marcação e estufou as redes. O lance foi revisado e o VAR viu que o atacante ajeitou a bola com o braço antes da finalização, anulando o gol alagoano.
A Ponte Preta adotou postura mais defensiva e consequentemente chamou o CSA para o seu campo defensivo. O que resultou numa pressão do time da casa pelo segundo gol. Foram raros os bons momentos da Ponte na etapa final e quando poderia ter feito o segundo, falhou.
O CSA teve mais posse de bola, mas foi pouco efetivo no ataque. Ainda assim o time alagoano não desistiu e conseguiu um pênalti nos acréscimos, após Cleylton desviar a bola com o braço dentro da área. Aos 51 minutos, Gabriel foi para a cobrança e não desperdiçou, garantindo a vitória ao time anfitrião.
O time alagoano ainda balançou as redes pela terceira vez, mas o lance acabou anulado por impedimento. O CSA volta a campo no sábado para enfrentar o arquirrival CRB, às 18h30, também no Rei Pelé. Já a Ponte Preta recebe o Vila Nova no sábado, às 21 horas, no Moisés Lucarelli, em Campinas.
FICHA TÉCNICA
CSA 2 X 1 PONTE PRETA
CSA - Thiago Rodrigues; Éverton Silva, Matheus Felipe, Lucão e Ernandes; Geovane (Renato Cajá), Yuri e Gabriel; Marco Túlio (Didira), Dellatorre (Bruno Mota) e Iury Castilho (Reinaldo). Técnico: Mozart Santos.
PONTE PRETA - Ivan; Felipe Albuquerque, Cleylton, Fábio Sanches e Rafael Santos; André Luiz (Léo Naldi), Marcos Júnior (Lucas Cândido) e Fessin (Yago); Richard (Josiel), João Veras (Niltinho) e Moisés. Técnico: Gilson Kleina.
GOLS - Rafael Santos, aos 14 e Iury Castilho, aos 35 minutos do primeiro tempo; Gabriel (pênalti), aos 51 do segundo.
ÁRBITRO - Paulo Henrique Schleich Vollkopf (MS).
CARTÕES AMARELOS - Lucão, Gabriel, Dellatorre e Reinaldo (CSA) e Ivan, Cleylton, Rafael Santos e André Luiz (Ponte Preta).
PÚBLICO E RENDA - Não divulgados.
LOCAL - Estádio Rei Pelé, em Maceió (AL).
Comentários
Postar um comentário