Em nova renúncia em massa na Educação, 52 profissionais da Capes se demitem; veja repercussão

 "Gostaríamos de poder trabalhar com previsibilidade e respeito aos melhores padrões acadêmicos", diz nota dos acadêmicos

Os cientistas afirmam que não têm conseguido trabalhar seguindo padrões acadêmico
Os cientistas afirmam que não têm conseguido trabalhar seguindo padrões acadêmicos                                                         

Pelo menos 52 pesquisadores ligados à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Ensino Superior (Capes) informaram nesta segunda-feira (29) que estão apresentando uma renúncia coletiva de suas funções na diretoria de avaliação do órgão.

Entre os motivos alegados, os cientistas afirmam que não têm conseguido trabalhar seguindo padrões acadêmicos e que a Capes não tem atuado para defender a avaliação dos programas de pós-graduação. Afirmam também que existe uma "corrida desenfreada" para abertura de novos cursos de pós a distância.

Esta é a segunda demissão em massa em um órgão importante da Educação federal brasileira em menos de um mês. No início de novembro, cerca de 30 profissionais que atuavam na organização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) pediram demissão, a menos de duas semanas da realização das provas. 

A Capes é uma agência de fomento à pesquisa que está sob o guarda-chuva administrativo do Ministério da Educação (MEC). Sua principal missão é avaliar os cursos de pós-graduação no Brasil e divulgar informações científicas. 

Os professores que renunciaram a seus cargos são das áreas de matemática e física. Na primeira, atuavam três coordenadores e 28 consultores. Já na segunda, eram três coordenadores e 18 consultores. Todos pediram demissão coletivamente. Com isso, a Capes terá de remontar do zero as duas equipes. Até a publicação desta reportagem, o Ministério da Educação não havia se pronunciado sobfre o assunto.

Em documento publicado pelos demissionários nesta segunda-feira, se lê: "Gostaríamos de poder trabalhar com previsibilidade, respeito aos melhores padrões acadêmicos, atenção às especificidades das áreas e, principalmente, um mínimo respaldo da agência. Tais condições não têm se verificado nos últimos meses".

A renúncia coletiva gerou temor e revolta nas redes sociais. 

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