Antes desacreditados, Athetico-PR e Bragantino decidem Sul-Americana

 Paranaenses tentam repetir o título conquistado em 2018, enquanto os rivais pretendem alcançar a glória pela primeira vez

Estádio Centenário, no Uruguai, está pronto para a final da Copa Sul-Americana, neste sábado

Estádio Centenário, no Uruguai, está pronto para a final da Copa Sul-Americana, neste sábado

Os holofotes focavam outras equipes enquanto Athletico Paranaense e Red Bull Bragantino despachavam silenciosamente times mais tradicionais do continente. Agora, neste sábado (20), em Montevidéu, um dos dois surpreendentes finalistas brasileiros ficará com a Copa Sul-Americana.

A folha de pagamento e a tradição dos principais adversários ao longo desta edição do torneio continental viraram pó diante da regularidade e solidez do Furacão e do Massa Bruta, as duas equipes com as melhores pontuações nesta Sul-Americana (30 e 28 unidades em 12 jogos). 

O lendário Estádio Centenário receberá a primeira final brasileira da Sul-Americana, que será disputada a partir das 17h (horário de Brasília), na qual a equipe paranaense tenta repetir o título conquistado em 2018, enquanto seu rival pretende alcançar uma grande glória pela primeira vez em sua curta história.

O Athletico Paranaense tem pela frente a oportunidade de se tornar o primeiro bicampeão da Sul-Americana. Cinco remanescentes da campanha de 2018 - o goleiro Santos, os zagueiros Thiago Heleno, Zé Ivaldo e Márcio Azevedo, e o meia Nikão - estarão em campo novamente, agora sob a liderança do técnico Alberto Valentim. 

O ex-jogador de 46 anos estreia na competição justamente na final, depois de ter assumido a função em outubro, após a saída do português Antonio Oliveira, que ocupou o cargo até as quartas de final. O veterano Paulo Autuori pegou o comando na semifinal com o objetivo de levar o Furacão para a decisiva partida na capital uruguaia. 

Sob orientação de Oliveira e Autuori, arquitetos de um time jovem e sem grandes nomes, apoiado na chegada do atacante uruguaio David Terans, o time de Curitiba eliminou os poderosos América de Cali (Colômbia), Liga de Quito (Equador) e Peñarol (Uruguai). 

“A nossa força passa muito pela vontade, pela determinação, por nunca desistir. Mesmo que a outra equipe tenha mais qualidade ou mais investimento, para nos vencer terá de suar sangue”, disse Nikão.

A trajetória dos paranaenses esbarrará na inexperiência internacional do Red Bull Bragantino, que surgiu em 2019 da fusão do tradicional Bragantino com o Red Bull Brasil. 

O projeto brasileiro da multinacional austríaca caminha a todo vapor, apenas três anos depois de disputar a segunda divisão, rumo ao seu primeiro grande título ... e na estreia de uma competição continental. 

"Somos uma equipe que sempre jogará ofensivamente, sempre jogará para vencer, com a bola nos pés", explicou o zagueiro Léo Ortiz. 

O time de Bragança Paulista, município a 90 quilômetros de São Paulo, soube mesclar investimento e juventude com uma filosofia de futebol intenso e ofensivo para se tornar um dos destaques do futebol brasileiro nesta temporada. 

Em tão pouco tempo já cedeu jogadores para a Seleção Brasileira -Ortiz e o atacante Artur-, além de consolidar o ala argentino Tomás Cuello e comemorar os gols do experiente atacante Ytalo. 

Sob o comando de Mauricio Barbieri, de 40 anos, o 'Braga' surpreendeu ao deixar no caminho o equatoriano Independiente del Valle, o argentino Rosário Central e o paraguaio Libertad. 

Acostumado a surpreender, em Montevidéu fará uma aposta dupla: encerrar a estreia na copa com o troféu e se classificar pela primeira vez para a Libertadores, privilégio reservado ao campeão.

Prováveis escalações

Athletico Paranaense: Santos - Pedro Henrique, Thiago Heleno, Nicolás Hernández - Marcinho, Erick, Léo Cittadini, Abner - Nikão, Renato Kayzer, David Terans. DT: Alberto Valentim.

RB Bragantino: Cleiton - Aderlan, Fabrício Bruno, Léo Ortiz, Edimar - Jadsom Silva, Ramires - Helinho, Artur, Tomás Cuello - Ytalo. DT: Mauricio Barbieri.

Árbitros: o uruguaio Andrés Matonte acompanhado dos auxiliares compatriotas Martín Soppi e Carlos Barreiro.


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