Trabalhadores e trabalhadoras foram às ruas para exigir ações de combate à fome

 Marcha Nacional denuncia a inflação dos alimentos e a inação do governo, que levam milhões à vulnerabilidade

Manifestantes foram às ruas de diversas cidades brasileiras contra políticas que aprofundam a fome no país                                      

Em alerta e denúncia sobre o crescimento da insegurança alimentar no Brasil, movimentos populares realizaram a Marcha Contra a Fome neste sábado (13). As manifestações foram convocadas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MTST) e pela Frente Povo Sem Medo. 

Com milhares de pessoas, os protestos ocorreram nas capitais Aracaju, Belo Horizonte, Goiânia, Maceió, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo, além de Ceilândia (DF) e Montes Claros (MG). Manifestantes chamaram a atenção para a inflação dos alimentos, que tem comprometido a nutrição de milhões de brasileiros e brasileiras.

Em dois anos, o número de pessoas passando fome subiu de 10,3 milhões para 19,1 milhões, segundo o Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, elaborado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan).

Atualmente, quase 117 milhões de pessoas vivem algum grau de privação de comida em território nacional. Isso inclui quem não tem acesso aos alimentos ou quem só consegue adquirir produtos de má qualidade, ultraprocessados e não naturais, que são mais baratos. A alta dos preços já ultrapassa 30% este ano.

"Os movimentos sociais, que estão desde o início da pandemia atuando nas periferias das grandes cidades, percebem como essa situação é alarmante. Para nós, além das ações de solidariedade de classe que a gente tem feito desde o início, é momento de chamar atenção para esse tema", afirma Josué Rocha, coordenador do MTST.


Preço dos alimentos foi pauta central no protesto 

Cartazes e palavras de ordem ressaltavam a responsabilidade do governo de Jair Bolsonaro no agravamento da situação.

"Não é admissível que um dos maiores produtores de alimentos do mundo tenha que enfrentar parte da sua população passando fome", enfatiza Josué Rocha.

"Isso tudo é responsabilidade de um governo genocida, que não resolveu o problema da pandemia e tem colocado o povo na fome", conclui o militante

Na capital paulista, a marcha reuniu milhares de pessoas e contou com participação do padre Júlio Lancellotti, coordenador da Pastoral do Povo de Rua. A manifestação terminou na Praça da Sé em um ato ecumênico contra a carestia, que reuniu também outras lideranças religiosas. 

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