Senado define tramitação do novo arcabouço fiscal esta semana

 Ainda não há consenso se projeto será votado diretamente no plenário ou passará por comissões

Novo Arcabouço Fiscal pode passar por Comissão de Assuntos Econômicos antes de ir ao Plenário do Senado - Agência Senado

O Senado Federal deve definir nesta semana qual será o caminho do Novo Arcabouço Fiscal (NAF) pela Casa. O projeto, aprovado na última quarta-feira (24) pela Câmara, agora deve passar pela avaliação dos senadores.

Uma das opções é reproduzir o modelo da Câmara, em que o projeto foi votado diretamente pelo Plenário, ou seja, pelo conjunto dos deputados e deputadas. A outra alternativa é que o NAF passe por pelo menos uma comissão do Senado, como a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) ou a Comissão de Constituição e Justiça (CJJ).

O bloco governista trabalha para que o projeto seja aprovado o mais rápido possível, mas não rejeita a possibilidade de maior tempo de debate por comissões. 

"Em princípio, vai passar pela CAE, podendo ir para o plenário. Ir direto para o plenário é sempre mais complicado, porque não aprofunda a matéria, os senadores querem ter essa oportunidade. Está se discutindo se passa pela CCJ ou não. O relatório, em princípio, é do PSD, mas não está definido um nome", explicou Jacques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado.

O modelo de tramitação, ao final, será decidido pelos líderes partidários e dos blocos no Senado. Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente da Casa, sinalizou o objetivo de que a discussão e votação da matéria não ultrapassem o mês de junho. Para os governistas, o ideal seria ter a matéria votada até a segunda quinzena do mês.

CPMI dos atos golpistas

Outra questão que deve ser definida pelo Senado é o ritmo de trabalho da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro. Duas questões podem ser definidas esta semana, após a apresentação do plano de trabalho pela relatora, Eliziane Gama (PSD-MA). A primeira delas é frequência das reuniões: o presidente do colegiado, Arthur Maia (União-BA), defende que a Comissão se reúna uma vez por semana, às quintas-feiras. A questão será decidida também entre os líderes que compõem a CPMI.

A segunda questão a ser debatida na CPMI é a possibilidade de criação de sub-relatorias para temas específicos. Ainda que o tema a ser investigado seja a invasão e destruição de prédios públicos no 8 de janeiro, a bancada governista pretende esmiuçar questões como o financiamento dos atos e também os acampamentos na frente de quartéis militares. Diante da complexidade e volume de trabalho, Gama já anunciou que solicitará o assessoramento de servidores da Controladoria-Geral da União (CGU), da Advocacia-Geral da União (AGU) e da Polícia Federal (PF) para a CPMI.

Nesta semana, não há expectativa de que requerimentos já comecem a ser votados, mas apenas o plano de trabalho a ser apresentado por Gama.

Estrutura do governo

Ainda esta semana, o Senado deve se debruçar sobre a Medida Provisória (MP) que reestruturou os ministérios governamentais. O texto foi aprovado na Comissão Mista na última quarta-feira (24), e ainda precisa ser votado pelo plenário da Câmara antes de chegar ao Senado. No entanto, o governo tem pressa: a MP perde validade no próximo dia 1º.

O texto aprovado na comissão trouxe uma série de modificações, diminuindo as atribuições da área ambiental e na pasta dedicada aos povos indígenas, que foram bastante criticadas.

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