Ex-presidente da Funai é indiciado por assassinatos de Bruno Pereira e Dom Philips

 Polícia Federal cita inação, desmonte da Fundação e perseguição a Bruno Pereiro quando ele atuava no órgão

PF considera que Marcelo Xavier foi omisso ao não atuar para conter a violência no Vale do Javari - Agência Brasil

O ex-presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Marcelo Xavier foi indiciado pela Polícia Federal (PF) pelas mortes do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Philips. Eles foram executados em uma emboscada enquanto navegavam no rio Itaquaí, nos limites da Terra Indígena (TI) Vale do Javari, oeste do Amazonas. 

Xavier é acusado por homicídio com dolo eventual. Segundo a PF, apesar de saber dos riscos de violência na região, ele não tomou nenhuma providência protetiva. A decisão da Polícia Federal cita alertas e pedidos de ajuda feitos por servidores públicos que atuavam na TI e uma ação judicial por mais segurança no local, ambos ignorados. 

O ex-presidente da Funai ocupou o cargo na gestão bolsonarista do governo federal de julho de 2019 até o ano passado. Delegado da Polícia Federal, ele já foi assessor especial para Assuntos Fundiários de Nabhan Garcia, que comandava a União Democrática Ruralistas. 

Já nos primeiros meses de atuação à frente da Fundação, Marcelo Xavier, trocou 15 coordenadores do órgão, que tinham históricos consolidados de trabalhos entre indígenas. Bruno Pereira estava nessa lista. Ele foi exonerado do cargo de coordenador-geral de Índios Isolados em outubro de 2019, após comandar uma das maiores operações de combate ao garimpo ilegal do ano. 

Durante a gestão, Xavier foi acusado diversa vezes de atuar contra a defesa e garantia da vida dos povos indígenas. Ele militarizou o órgão e abriu diversos processos de investigação de indígenas e ambientalistas. Servidores públicos relataram diversos casos de assédio moral e até a produção ilegal de um relatório contra um trabalhador. 

Quando Bruno Pereira foi morto, junto com o jornalista britânico Dom Philips, o ex-presidente da Funai chegou a afirmar que os dois se colocaram em risco. Eles atuavam no combate e no registro de atividades ilegais na região e na defesa da floresta e das comunidades tradicionais. No indiciamento a PF cita o desmonte promovido no órgão por Xavier e a perseguição a Pereira. 

A Polícia Federal também indiciou Alcir Amaral, ex-coordenador de geral de monitoramento territorial da Funai. Próximo de Marcelo Xavier, ele assumiu a presidência do órgão temporariamente na época das mortes de Bruno e Dom. 

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