Governo adia liberação da vacina contra Covid para crianças; mais de mil morreram da doença

 Percentual é de 0,18% do total de óbitos, mas é maior do que a soma de mortes evitáveis por vacinas entre 2006 e 2020

No último dia 16 de dezembro, a Anvisa aprovou o uso da vacina da Pfizer em crianças na faixa de 5 a 11 anos                                 

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou no sábado (18) que a decisão do governo sobre a vacinação em crianças de 5 a 11 anos será feita, apenas, em 5 de janeiro. Queiroga afirma que a autorização concedida pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) na última quinta-feira (16) não é suficiente para viabilizar a vacinação desse grupo. 

Segundo o ministro, não há doses suficientes para vacinar as crianças ainda em 2021. Além disso, pontuou que é necessário fazer outra avaliação sobre o tema junto à sociedade.

"Quantos dias faltam em 2021? Vocês acham que têm? Quanto tempo a Anvisa demorou para dar um posicionamento acerca dessas doses? É preciso ser feita uma análise. A avaliação da Anvisa é uma avaliação, a avaliação feita pela Câmara Técnica do Ministério é outra avaliação. O Ministério vai discutir amplamente esse assunto com a sociedade", disse o ministro.

A Anvisa, por sua vez, garante que o uso da vacina da Pfizer é seguro e que existem evidências científicas de que o imunizante, aplicado em duas doses em crianças, pode ser eficaz na prevenção de doenças graves causadas pelo coronavírus. Até a autorização do dia 16, o imunizante só podia ser aplicado em maiores de 12 anos.

O presidente Jair Bolsonaro, defensor da "não vacinação", afirmou em uma transmissão ao vivo nas redes sociais ter pedido o nome dos integrantes da Anvisa responsáveis pela aprovação da vacina para crianças. 

"Eu pedi extraoficialmente o nome das pessoas que aprovaram a vacina entre 5 e 11 anos. Nós queremos divulgar o nome dessas pessoas. A responsabilidade é de cada um. Mas agora mexe com as crianças, então quem é responsável por olhar as crianças é você, pai", disse.

Morte por causas evitáveis

Desde o início da pandemia, 1.148 crianças de 0 a 9 anos morreram de covid-19 no país. O número representa 0,18% dos óbitos pela doença no Brasil. Segundo dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) atualizados neste sábado (18), 617.754 pessoas morreram, até o momento, em decorrência da doença. 

Esse total supera o número de mortes de crianças por doenças que poderiam ser prevenidas com vacinação entre os anos 2006 e 2020. Nesse período de 15 anos, o Ministério da Saúde contabilizou a morte de 955 bebês e crianças até nove anos por doenças que poderiam ser evitáveis com vacinas. 

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