Câmara aprova, em 1º turno, texto-base da última parte da PEC dos Precatórios

 Proposta havia sido modificada pelo Senado e teve placar de 327 votos a 147 entre deputados 

“A mão que afaga os ricos, o sistema financeiro, é a mão que apedreja os pobres deste país”, disse Erika Kokay (PT-DF), ao criticar texto do governo durante votação                                                       

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou, na noite desta terça-feira (14), o texto-base da última parte da "PEC dos Precatórios". Por 327 votos favoráveis, 147 contrários e apenas uma abstenção, os parlamentares chancelaram a medida, que ainda deve enfrentar uma votação de segundo turno na Casa. 

O texto em questão tramita como Proposta de Emenda Constitucional 46 (PEC 46/2021) e traz trechos remanescentes da PEC 23 – número da proposição inicial do governo Bolsonaro – para os quais não havia consenso entre deputados e senadores.

Por esse motivo, a PEC 23 foi parcialmente promulgada pela mesa do Congresso Nacional na quarta passada (8), depois de ter sido chancelada pelas duas casas, enquanto o Senado remeteu à Câmara pontos que haviam sido modificados pela instituição e que careciam de análise dos deputados.

Do ponto de vista do conteúdo, o texto-base da PEC 46 fixa um teto anual para o pagamento dos precatórios devidos pela União. Esses débitos se referem a sentenças condenatórias na Justiça e por isso envolvem pessoas físicas e empresas que aguardam a quitação da dívida por parte do Estado.

A medida estipula que o limite de tais pagamentos deve ser equivalente ao valor das despesas com precatórios no ano de 2016 corrigidos de acordo com a inflação, por meio do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA).

De acordo com projeção da equipe econômica do governo, se a regra for chancelada também em segundo turno, ela deve abrir uma folga de mais de R$ 43 bilhões para serem gastos pela União no próximo ano.

As novas normas de quitação dos precatórios devem valer até 2026, segundo mudança feita pelos senadores e avalizada nesta terça pelos deputados. A ideia é que, a partir de 2027, os pagamentos voltem a ser feitos dentro da normalidade.

Outro ponto que figura entre os trechos aprovados pela Câmara nesta terça é a abertura para que o Auxílio Brasil, programa de caráter temporário que o governo colocou no lugar do Bolsa Família, seja convertido em uma política permanente.

Essa previsão resulta do entendimento de que “todo brasileiro em situação de vulnerabilidade social terá direito a uma renda básica familiar garantida pelo poder público em programa permanente de transferência de renda”, um dos pontos do texto aprovado pelo plenário.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Secretário da Defesa viaja 60 vezes e bate recorde de uso de verba com passagens: R$ 527 mil

Baianão 2022: Vitória só empata e beneficia Barcelona de Ilhéus. Jacupa é goleado pelo Bahia e acaba a invencibilidade. Confira

Série B: Cruzeiro empata e continua próximo à zona da degola. Brusque vence e sai do Z4. Vitória só empata e continua no desespero. Ponte perde e continua perigando

Caso Marielle e Anderson: leia o depoimento de Élcio Queiroz com o relato do dia do assassinato

Série D: em partida de ida pelas semifinais, Goleiro pega pênalti e Campinense arranca empate com Atlético-CE

Copa Verde 2023: hoje se decide os finalistas.

Guerra na Ucrânia faz preço do ouro subir e estimula retomada de garimpo ilegal no Pará

Ditadura nunca mais!

Para conter preço dos combustíveis, Senado aprova PL que cria auxílio e fundo de estabilização

MEI: primeira contribuição do ano vence quarta-feira (22), com novos valores: veja o que mudou