De olho na Copa 2027, Ministério dos Esportes e Sesi-SP firmam acordo para desenvolvimento do futebol feminino

 Projeto levará esporte para meninas de 6 a 15 anos em 11 municípios de São Paulo e deve ser ampliado depois para o país

A ministra Ana Moser ao lado do presidente do Conselho Nacional do Sesi, Vagner Freitas

Eliminado ainda na fase de grupos da última Copa do Mundo, o futebol feminino brasileiro é o alvo principal de um acordo firmado entre o Ministério dos Esportes e o Serviço Social da Indústria de São Paulo (Sesi-SP), nesta quinta-feira (31), em Osasco, na região metropolitana de São Paulo. 

O Acordo de Cooperação faz parte da Estratégia Nacional para o Futebol Feminino, criada por meio do Decreto 11.458, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 30 de março deste ano. O acordo prevê o desenvolvimento e prática do futebol em unidades do Sesi em 11 municípios do estado de São Paulo, para meninas entre 6 e 15 anos.

O projeto foi desenvolvido a partir do diagnóstico e de um Plano de Ações desenvolvido por um Grupo de Trabalho formado por representantes do Ministério dos Esportes, da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), da Federação Paulista de Futebol (FPF) e clubes, além de atletas, ex-atletas e jornalistas. 

O levantamento do Grupo de Trabalho mostrou, por exemplo, que entre 2019 e 2022 os investimentos do governo federal, à época comandado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em eventos e competições de futebol beneficiaram 94.990 profissionais do esporte, mas apenas 17.695 eram mulheres.

A experiência da parceria deve ser estendida para os demais estados do país. A medida é mais uma ação do governo federal, que pretende difundir e profissionalizar o futebol feminino de forma mais igualitária pelo país. 

Levantamento do Ministério dos Esportes mostra que 70% das jogadoras de futebol do país trabalham em outra ocupação e fazem jornada dupla. 

O Brasil é uma dos candidatos a sediar a Copa do Mundo Feminina de Futebol em 2027 e a ministra dos Esportes, Ana Moser, acredita que o evento pode incentivar mulheres a praticarem futebol no país.

“Se nós formos escolhidos como sede, muito da vida social do Brasil será canalizada para o futebol feminino. Assim como tivemos a década do esporte no país, por conta das Olimpíadas, a Copa do Mundo terá o mesmo impacto no desenvolvimento da participação feminina no futebol”, explicou a ministra.

Pia

Na quarta-feira, a CBF começou a reformular o futebol feminino, desfazendo a comissão técnica que teve um desempenho considerado ruim na Copa, quando o Brasil foi eliminado ainda na primeira fase. 

A treinadora sueca Pia Sundhage foi demitida, assim como Ana Lorena Marche (coordenadora de seleções), Mayara Bordin (supervisora), Bia Vaz (auxiliar da equipe sub-20) e Jonas Urias (técnico da sub-20).

A CBF disse que vai anunciar nos próximos dias quem comandará a seleção no próximo ciclo, visando a Olimpíada de Paris no ano que vem e a Copa de 2027. O nome favorito é Arthur Elias, treinador do Corinthians. 

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