Presa após atos, bolsonarista confirma ajuda do Exército e diz que não tinha policiamento na Esplanada

 Apontada como 'espiã', Ana Priscila se diz de direita, patriota, cristã e que 'ama' e 'respeita' Bolsonaro

Ana Priscila foi presa no dia 10 de janeiro por participar e ajudar a organizar os atos de 8 de janeiro

A bolsonarista Ana Priscila Azevedo, presa há 8 meses, por participar e ajudar a organizar os atos do dia 8 de de janeiro, deu depoimento nesta quinta-feira (28), na CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). A depoente negou ter cometido crimes, mas confirmou que membros do Exército ajudaram os golpistas a fugirem e falou sobre a falta de policiamento na Esplanada no dia dos atos. 

Ana Priscila foi presa no dia 10 de janeiro, em Luziânia (GO), onde segundo ela estaria “levando patriotas”. Durante o interrogatório ela repetiu diversas teses bolsonaristas, como a cobrança por “urnas auditáveis” e os códigos fonte. Por ter diversos vídeos que comprovam sua participação nos atos ela vem sendo apontada como infiltrada, tanto que o requerimento para sua participação foi apresentado pela deputada Paula Belmonte (Cidadania). 

“Como eu vou ser infiltrada, se eu estou sendo investigada pelos meus atos desde 2019”, questionou a depoente, acrescentando: “Eu sou de direita, patriota e cristã convicta”.

A deputada Paula apresentou um vídeo antigo da depoente criticando o ex-presidente Bolsonaro para questionar se ela era infiltrada. Ana Priscila disse que o vídeo era de 2019, quando viu um vídeo do ex-presidente brasileiro elogiando o ex-presidente da Venezuela Hugo Chávez, mas que depois passou a “amar e respeitar” Bolsonaro. 

Questionada pelo presidente da CPI, Chico Vigilante (PT), sobre a participação de membros do Exército para a fuga de diversos golpistas na noite que sucedeu os atos, Ana Priscila disse que foram avisados que havia prisões pela manhã. “Eu recebi mensagens e todo mundo ficou sabendo desde a madrugada que pela manhã que se retirassem do local”, narrou a depoente, acrescentando que os golpistas foram avisados por membros do Exército, mas não soube citar nomes. 

Ana Priscila diz que foi presa por equívoco, pois foi até a Praça dos Três Poderes, mas não promoveu quebradeira. “O que eu vi no dia 8 foi uma polícia inerte. Que não fez absolutamente nada. Eu sou nascida e criada em Brasília, já participei de vários atos e nunca vi a praça dos três poderes desguarnecida”, ressaltou a depoente ao ser questionada sobre a atuação da Polícia Militar do DF. 

O deputado Fábio Félix (PSOL), questionou o versão de Ana Priscila de se colocar como “inocente”, apesar dos inúmeros áudios e vídeos. “Vocês poderiam se manifestar contra Lula ou contra quem quiser, mas vocês foram além. Vocês chamaram as manifestações de tomada do poder. E a senhora vocaliza isso nos áudios. A senhora fala em tomar refinarias”, indagou o deputado. 

Próximas reuniões 

05/10/2023 - Major Cláudio Mendes dos Santos (requerimento do deputado Fábio Félix)

09/10/2023 - Major José Eduardo Natale de Paula Pereira (requerimento dos deputados Pastor Daniel de Castro e Chico Vigilante).

19/10/2023 - Saulo Moura da Cunha (requerimento dos deputados Hermeto e Pastor Daniel de Castro)

26/10/2023 - Coronel Reginaldo Leitão (requerimento do deputado Pastor Daniel de Castro)

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