Após decisão de Toffoli, agentes da Lava Jato vão ser investigados; veja repercussão

 Ministro do Supremo anulou provas obtidas em acordo de leniência com a Odebrecht e disse que prisão de Lula foi um erro

Atuação de Moro é apontada como um dos motivos para decisão de Toffoli

A Advocacia-Geral da União (AGU) e, quando acionada, a Polícia Federal (PF) vão investigar a atuação de agentes da Operação Lava Jato. A iniciativa ocorre após decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), publicada nesta quarta-feira (6), de anular provas obtidas em acordo com a empreiteira Odebrecht.

Na mesma decisão, Toffoli afirmou que a prisão de Lula foi uma "armação" e "um dos maiores erros judiciários da história do país".

Horas após a publicação, a AGU, em seu site oficial, anunciou a criação de uma força-tarefa para apurar eventuais desvios de agentes públicos e promover a reparação de danos causados por decisões da Justiça Federal em Curitiba e do Ministério Público Federal no âmbito da operação.

"Uma vez reconhecidos os danos causados, os desvios funcionais serão apurados, tudo nos exatos termos do que foi decidido pelo Supremo Tribunal Federal", disse o Advogado-Geral da União, Jorge Messias.

Em relação à Polícia Federal (PF), o ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou em postagem na rede social X (antigo Twitter) que aguarda o recebimento de notificação formal para ordenar investigações de agentes públicos. 

Em entrevista ao canal de TV por assinatura GloboNews, Dino disse ainda que, com a decisão de Toffoli, "se reafirma mais uma vez, juridicamente, a inocência do presidente Lula; e politicamente há também de mostrar de que lado estava a razão, do ponto de vista estritamente jurídico".

Parlamentares se manifestam

Em sua decisão, Toffoli destacou que a prisão de Lula foi "fruto de um projeto de poder de determinados agentes públicos em seu objetivo de conquista do Estado por meios aparentemente legais, mas com métodos e ações contra legem ['contra a lei', em português]". A manifestação do ministro repercutiu fortemente no meio político nesta véspera de feriado.

Em post no X, a deputada federal paranaense Gleisi Hoffman, presidenta nacional do PT, chamou a decisão de "exemplar".

Também deputada federal, Maria do Rosário (PT-RS) disse, sem esquecer das vítimas das chuvas em seu estado de origem, que a manifestação de Toffoli é um episódio "histórico".

O senador Humberto Costa (PT-PE), foi bem direto, e citou um antigo ditado: "a justiça tarda, mas não falha".

Outros parlamentares do partido do presidente também celebraram a decisão. Alguns demonstrando bom humor.

No embalo da decisão de Toffoli, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) chamou a Operação Lava Jato de "tocaia jurídica para criminalizar a política".

Ao comentar o caso, o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) falou sobre "crimes contra o Brasil e a democracia" que teriam sido cometidos por Sergio Moro e Deltan Dallagnol.

Moro e Dallagnol também usaram as redes sociais para falar sobre a decisão de Toffoli. O ex-juiz, ex-ministro da Justiça e ex-desafeto de Jair Bolsonaro disse que o trabalho da Lava Jato foi "dentro da lei".

Já o ex-deputado, que teve o mandato cassado devido a irregularidades na candidatura, disse que houve "leniência do STF".

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