CGU dá prazo de 10 dias para fim de sigilo de processo contra Pazuello

 Órgão determinou abertura da investigação sobre participação do general em ato de Jair Bolsonaro em maio de 2021

Eduardo Pazuello
O ex-ministro da Saúde de Bolsonaro foi absolvido em processo administrativo que apurou sua participação em evento político-partidário - Agência Brasil

A Controladoria-Geral da União (CGU) deu prazo de 10 dias para que o Comando do Exército libere acesso ao processo disciplinar contra o ex-ministro da Saúde e general Eduardo Pazuello. Não há mais recurso administrativo contra a decisão.

No dia 23 de maio de 2021, já fora do cargo de ministro, Pazuello subiu no palanque do então presidente Jair Bolsonaro, em evento político realizado no Rio de Janeiro. 

O caso motivou investigação por parte do Exército, uma vez que oficiais da ativa não podem participar de eventos político-partidários sem autorização do Comando. No entanto, Pazuello acabou absolvido da infração disciplinar e a investigação foi posta em sigilo de 100 anos.

De acordo com parecer da CGU, a transparência é regra no trato dos assuntos de interesse público. Como o processo já foi encerrado, não há justificativa para a manutenção do sigilo.

Pior momento da pandemia

Em maio de 2021, o país passava por um dos piores momentos da pandemia de covid-19. Na semana do ato político de Bolsonaro prestigiado por Pazuello, que gerou aglomeração de apoiadores, o país registrou 12.849 mortes por covid-19. 

À época, o Comandante do Exército, general Paulo Sérgio, decidiu que não seria aplicada nenhuma punição e o processo disciplinar contra o ex-ministro foi arquivado.

O Centro de Comunicação do Exército divulgou uma nota dizendo que o comandante "analisou e acolheu os argumentos apresentados por escrito e sustentados oralmente pelo referido oficial-general''. Desta forma, não restou caracterizada a prática de transgressão disciplinar por parte do general Pazuello e, em consequência, arquivou-se o procedimento".

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