Em Genebra, Luiz Marinho destaca retorno da democracia no Brasil e critica juros altos

 Afirmação foi feita em entrevista coletiva nesta quinta-feira (15), durante a 111ª Conferência Internacional do Trabalho

Ministro do Trabalho, Luiz Marinho, em coletiva de imprensa, nesta quinta-feira (15)

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, em coletiva de imprensa, nesta quinta-feira (15), na sede da Missão Permanente do Brasil em Genebra, Suíça, falou aos jornalistas sobre retorno da democracia no Brasil, mercado de trabalho, cooperações bilaterais e multilaterais, tecnologia, reforma do trabalho, juros e ratificação do convênio 190 da OIT. Marinho está em Genebra participando da 111ª Conferência Internacional do Trabalho (CIT) da Organização Internacional do Trabalho (OIT), representando o governo brasileiro.

Ao iniciar sua fala na coletiva, o ministro disse que o resgate da democracia criou todas as oportunidades para discutir absolutamente tudo pois sem ela não se tem chance de debater direitos. Marinho destacou que o país passava por um profundo retrocesso, "no mergulhar num abismo, mergulhados em uma escuridão da insegurança jurídica, da precariedade do mundo do trabalho", a partir da promoção dos governos que sucederam a ex-presidenta Dilma. O ministro ressaltou que a terceirização do jeito que ficou levou a um processo de precariedade em escala no Brasil como a muito tempo não se via.

Luiz Marinho afirmou que “o Ministério do Trabalho vem estimulando, através do Grupo Tripartite, um diálogo entre governo, trabalhadores e empresário para a revisão da Legislação Trabalhista, da retomada do papel das entidades sindicais, do fortalecer, reorganizar e reconstruir as relações e negociações trabalhistas”. Para o Ministério, é importante que as partes construam um entendimento para que seja oferecida uma real possibilidade de que a proposta possa ter mais chance de tramitar no Congresso.

Críticas aos altos juros no país

O ministro fez duras críticas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e disse que os juros do Brasil, o mais alto do mundo, "não se justifica". Argumentou que "se o senado brasileiro fosse observar, a rigor, o presidente do Banco Central, deveria ter sido demitido da sua função porque nas suas funções esta inflação, mas também emprego." Marinho afirmou que se fosse qualquer empresa privada, "ele teria sido demitido porque ele não está cuidando da abrangência das suas funções e teriam colocado outra pessoa mais competente".

O posicionamento da empresária Luiza Trajano no seminário promovido pelo Instituto para Desenvolvimento do Varejo, na última segunda-feira (12), foi elogiado pelo ministro. "Sendo a empresária que é, com a amplitude que tem, com a repercussão da fala que tem, com o conhecimento que tem de varejo, pois e uma das maiores autoridades, se não a maior do setor, ela pode fazer esta abordagem de cobrar o presidente do Banco Central sobre as altas taxas de juros", avaliou

O ministro espera que Campos Neto não enxergue, de novo, a fala da empresária como mais uma afronta e mantenha a taxa de juros nos atuais patamares. Caso isto aconteça, Marinho acredita que será necessário que a sociedade cobre o Senado brasileiro um posicionamento a respeito do tema. pois a instituição tem a função de controle sobre o BC.

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