Desmatamento na região amazônica caiu em maio e no acumulado dos primeiros 5 meses de 2023
Por outro lado, Cerrado teve aumento de 83% nos alertas de desmatamento em maio e 35% nos cinco primeiros meses somados
Dados divulgados pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe) nesta quarta-feira (7) mostram queda de 10% nos avisos de desmatamento na região amazônica em maio, na comparação com o mesmo mês de 2022. No acumulado dos cinco primeiros meses do ano, a diminuição é ainda mais expressiva: 31%. Por outro lado, houve aumento do desmatamento no Cerrado: 83% mais alertas em maio e 35% no acumulado de cinco meses.
Os números foram apresentados pelo Inpe junto ao Ministério do Meio Ambiente (MMA) e com representantes de outros órgãos. É uma iniciativa inédita, já que antes as informações sobre os alertas eram divulgadas apenas pelo Inpe.
Os dados de maio seguem a tendência de abril, quando foi confirmada queda de 41% no desmatamento na região amazônica no acumulado do ano até ali, enquanto no Cerrado havia alta de 14,5%.
Segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o governo reforçou a fiscalização e aumentou o número de multas aplicadas. O valor somado já passa de R$ 2,2 bilhões desde o início do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em janeiro. O montante é 160% maior que o registrado no mesmo período do ano passado. Mais de 2,2 mil propriedades rurais foram embargadas.
Os dados levam em conta os alertas do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Inpe, que identifica alterações na cobertura florestal em áreas de no mínimo 3 hectares (0,03 km²). O sistema não é considerado o dado oficial sobre deflorestamento, mas serve para alertar os focos do problema. Os números oficiais do desmatamento são divulgados pelo Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes).
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