CPMI do 8/1 aprova convocação de Gonçalves Dias, Jean Lawand Junior e ex-diretor da Abin

 As requisições foram votadas após um acordo entre os líderes da oposição e do governo e a mesa da comissão

A relatora da CPMI do 8 de Janeiro, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), e o presidente da CPMI do 8 de Janeiro, deputado Arthur Oliveira Maia (União-BA) - Agência Senado

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro aprovou, nesta terça-feira (20), a convocação do general da reserva Marco Edson Gonçalves Dias, ex-comandante do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), de Saulo Moura da Cunha, ex-diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), e do coronel do Exército Jean Lawand Junior, que manteve diálogos golpistas com Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL). Ainda não há data para os depoimentos.

Os congressistas também aprovaram a convocação do perito da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) Renato Martins Carrijo, que assinou a perícia acerca da bomba implantada próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília, no dia 24 de dezembro.

A convocação foi votada após um acordo entre os líderes da oposição e do governo e a mesa da comissão.

Convocado do dia 

Nesta terça-feira (20), a comissão receberá o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, que se tornou réu por improbidade administrativa, depois que o juiz José Athur Diniz Borges, da 8ª Vara Federal do Rio de Janeiro, acatou a um pedido do Ministério Público Federal feito em 15 de novembro.

O procurador da República Eduardo Benones acusou o chefe da corporação de improbidade administrativa "pelo uso indevido do cargo, com desvio de finalidade, bem como de símbolos e imagem da instituição policial com o objetivo de favorecer um dos candidatos nas eleições presidenciais".

Benones lembrou que Vasques pediu votos para Jair Bolsonaro (PL) durante a campanha eleitoral deste ano. "MPF move ação de improbidade contra diretor-geral da PRF e pede seu afastamento. Silvinei Vasques praticou, entre agosto e outubro, atos dolosos à Administração Pública ao usar a instituição policial e o cargo público para fazer campanha eleitoral", disse.

Cinco dias antes da solicitação do MPF, a Polícia Federal instaurou um inquérito para investigar a conduta de Silvinei Vasques durante as ações realizadas pela corporação no dia do segundo turno das eleições, em 30 de outubro.  

De acordo com vídeos que circularam nas redes sociais, agentes da PRF dificultaram o acesso de eleitores às seções eleitorais, principalmente no Nordeste, onde o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) angariou mais votos do que Jair Bolsonaro. Após a repercussão dos bloqueios, a expressão "Deixem o Nordeste votar" ficou entre os assuntos mais comentados do Twitter. 

As blitzes foram realizadas a despeito de uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que proibiu tais práticas no dia das eleições justamente por entender que poderiam impedir o acesso dos eleitores às seções. 

Na ocasião, o ministro Alexandre de Moraes pediu que o diretor-geral da PRF informasse "imediatamente sobre as razões pelas quais [estavam sendo] realizadas operações policiais". No mesmo dia, Silvinei publicou em suas redes sociais uma mensagem de apoio a Jair Bolsonaro.

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