Em entrevista, ex-esposa afirma que foi vítima de violência sexual cometida por Arthur Lira

 Jullyene Lins contou à 'Agência Pública' detalhes de episódio que teria acontecido em 2006; Lira não comentou o caso

Lira foi procurado pela Agência Pública, mas comentou as acusações - Marcelo Camargo/Agência Brasil

A ex-esposa do deputado federal Arthur Lira (PP-AL), Jullyene Lins, afirmou que foi vítima de agressão sexual cometida pelo ex-marido. Em entrevista exclusiva à Agência Pública ela afirmou que a agressão aconteceu em 2006. Atual presidente da Câmara dos Deputados, Lira não se manifestou ao ser procurado pela jornalista Alice Maciel, que assina o texto.

Conforme mostrou a reportagem, Jullyene Lins registrou boletim de ocorrência contra Lira em 5 de novembro de 2006, relatando agressões físicas e verbais e ameaça de morte durante uma crise de ciúmes. Na época eles já não eram casados. A agressão sexual teria acontecido na mesma noite.

Segundo registros do inquérito policial feito para investigar a denúncia, Jullyene relatou ter sido agredida por cerca de 40 minutos com tapas, chutes e pancadas, além de ter sido arrastada pelos cabelos. A agressão sexual, na época, foi omitida, segundo ela, por vergonha da família e da sociedade e por medo do deputado.

Ao relatar as agressões sexuais, Jullyene chorou, tremeu e teve taquicardia, conforme relatou a repórter. "Ele me violentou, ele me violentou", repetiu a ex-esposa de Lira enquanto concedia entrevista, no último dia 6 de junho.

"Eu aguentei isso esse tempo todo, eu guardei por 17 anos isso por conta dos meus filhos, por conta da minha família, a vergonha também, a gente se sente um lixo. Eu estou falando isso agora porque preciso tirar esse peso das minhas costas. Meus filhos já estão grandes, já vão entender. Minha família vai saber exatamente o que aconteceu. Existiu Jullyene antes daquela noite e a Jullyene após aquela noite. Eu não quero mais viver com isso, carregar isso na minha história", disse Jullyene à repórter.

Lira foi inocentado das acusações de agressão física pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em setembro de 2015. Segundo a Agência Pública, o laudo médico e os depoimentos de testemunhas corroboram a versão de Jullyene Lins.

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