Na Argentina, Lula poderá dar luz verde para empréstimo do BNDES e encontrar Maduro

 Em primeira viagem internacional, presidente brasileiro participa da Cúpula da CELAC e busca reaproximação com vizinhos

O presidente argentino, Alberto Fernández, afirmou em suas redes sociais que assinará um acordo de "cooperação energética" com o Brasil - Governo da Argentina

Inaugurando sua agenda internacional, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) embarca neste domingo (22) para Buenos Aires. Estão previstas uma reunião bilateral com o presidente da Argentina, Alberto Fernández, na segunda-feira (23), a participação na Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) na terça-feira (24) e outro encontro bilateral com o presidente do Uruguai, Luis Alberto Lacalle Pou, na quarta-feira (25).

O presidente argentino afirmou em suas redes sociais que assinará um acordo de "cooperação energética" com o Brasil. Já o Ministério das Relações Exteriores do Brasil indicou que acordos na área energética são uma possibilidade, com destaque especial para o gasoduto Néstor Kirchner.

Existe a possibilidade, portanto, de que Lula e Alberto formalizem a assinatura de um empréstimo do BNDES para a expansão do gasoduto. O empréstimo brasileiro chegou a ser divulgado pela ministra argentina da Energia, Flavia Royón, em dezembro, mas foi negado pelo banco público brasileiro. Com a posse de Lula, todavia, o empréstimo de US$ 689 milhões pode avançar.

Ainda na segunda-feira, Lula e Alberto participarão de um encontro com empresários dos dois países.

No tour internacional, Lula deverá ser acompanhado dos ministros Fernando Haddad (Fazenda), Mauro Vieira (Itamaraty), Alexandre Silveira (Minas e Energia), Nísia Trindade (Saúde) e Paulo Pimenta (Secom). A primeira-dama Rosângela da Silva, Janja, também faz parte da comitiva e terá uma agenda com o Núcleo do PT na Argentina.

Retorno

Na terça-feira, Lula participa da Cúpula de chefes de Estado da CELAC. Durante o governo de Jair Bolsonaro (PT), o Brasil deixou o organismo de cooperação regional, de modo que o Brasil não participou do último encontro do grupo, realizado no México em 2021. A decisão de Bolsonaro foi revertida pelo governo petista e o Brasil voltou ao bloco.

Existe a expectativa de uma declaração conjunta dos 33 países integrantes da CELAC, além de 12 declarações temáticas que poderão sublinhar a cooperação regional.

A Venezuela faz parte da CELAC e Lula poderá ter um encontro bilateral com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, em Buenos Aires. Brasil e Venezuela retomaram relações diplomáticas, que foram estremecidas durante a gestão Bolsonaro. O encontro entre os presidentes, todavia, não foi confirmado pelo Itamaraty.

Na quarta-feira, Lula visitará a capital do Uruguai, Montevidéu, e terá agenda com o presidente Lacalle Pou. Os uruguaios estão tendo atritos com os seus sócios do Mercado Comum do Sul (Mercosul) porque buscam individualmente assinar um acordo de livre comércio com a China, enquanto o estatuto do bloco determina que iniciativas nesse sentido devem ser tomadas de maneira conjunta. O impasse foi tema de discussão na última cúpula do Mercosul. 

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