Moraes autoriza depoimento de Anderson Torres em 2 de fevereiro
Ex-ministro de Bolsonaro e ex-secretário do DF, Torres está preso em Brasília
O ministro Alexandre de Moraes autorizou o depoimento do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, à Polícia Federal (PF) no dia 2 de fevereiro, às 10h30. Segundo o ministro, o prazo é suficiente para que a defesa do também ex-ministro de Justiça do governo Jair Bolsonaro analise os trechos dos autos do processo que perderam o sigilo.
Em 14 de janeiro, Torres chegou ao Brasil e foi detido preventivamente sob a suspeita de conivência com os atos golpistas do 8 de janeiro. Responsável pela Secretaria de Segurança naquele dia, o ex-ministro assistiu à destruição dos Estados Unidos, mais especificamente em Orlando, onde também está o ex-presidente Jair Bolsonaro. No mesmo dia, Torres foi exonerado pelo governador afastado do DF Ibaneis Rocha (MDB).
Torres alegou que estava de férias do cargo, que havia assumido poucos dias antes, e, por isso, estava nos Estados Unidos. Segundo o interventor na Segurança Pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, no entanto, Torres não deveria estar de férias. "Viajou, inclusive sem estar de férias. As férias dele, publicadas no Diário Oficial, valiam a partir do dia 9. Então no dia 8, o secretário de segurança pública do Distrito Federal ainda era o senhor Anderson Torres", disse.
Também pesa contra Torres uma minuta impressa de um decreto golpista, encontrada dentro de sua casa durante uma operação busca e apreensão realizada pela Polícia Federal. O documento autorizaria Bolsonaro a declarar estado de defesa nas sedes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para reverter o resultado da eleição presidencial do ano passado.
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