Governo cria comitê interministerial para enfrentar tragédia Yanomami

 Desnutrição, mortes por doenças evitáveis e violência do garimpo assolam povos indígenas abandonados na gestão Bolsonaro

Garimpo ilegal em terra Yanomami se espalhou durante governo Bolsonaro - Amazonia Real

O governo federal determinou que um grupo de trabalho envolvendo diversos ministérios comece a atuar para conter a tragédia humanitária que atinge indígenas Yanomamis. Nos últimos anos, as comunidades vêm sofrendo com a presença do garimpo ilegal, falta de comida, contaminação da água e o descaso ao longo da gestão de Jair Bolsonaro (PL)

Publicado em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), o decreto institui 90 dias para os trabalhos da chamada Coordenação Nacional para Enfrentamento à Desassistência Sanitária das Populações em Território Yanomami.

Segundo o texto, o comitê tem 45 dias para apresentar um "plano de ação estruturante" com respostas à crise.

O governo informou que pelo menos 570 crianças morreram de desnutrição, diarreia e outras causas evitáveis nos últimos anos. Somente entre os dias 24 e 27 de dezembro foram três óbitos registrados. Em 2022 foram mais de 11,5 mil casos de malária entre os povos. 

Em paralelo à criação do comitê, o Ministério da Saúde declarou estado Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional nos territórios Yanomami. A pasta criou também o Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública (COE – Yanomami), sob responsabilidade da Secretaria de Saúde Indígena (SESAI). 

O grupo vai atuar em campo, mas também na mobilização de recursos e na articulação entre estados, municípios e o Sistema Único de Saúde (SUS).

Desde o início da semana, a região recebe equipes do Ministério da Saúde e do SUS. A intenção inicial era fazer um diagnóstico da situação. Mas casos gravíssimos tiveram que ser atendidos de imediato.

Crianças em estado severo de desnutrição chegaram a ser levadas para hospitais da região de helicóptero. De acordo com o Ministério da Saúde, também foram encontrados idosos em condições graves por inanição, número expressivo de doentes por malária, infecções respiratórias agudas e outras doenças. 

Neste sábado (21), o presidente Lula ( PT) visita a região com um corpo de ministros e ministras para avaliar a situação de perto e reforçar as ações governamentais de socorro às vítimas do descaso.

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