Moraes abre mais seis inquéritos sobre atos golpistas
Alguns inquéritos investigam a participação de deputados federais nos atos golpistas

Golpistas depredaram as sedes dos Três Poderes em nome de Jair Bolsonaro /Agência Brasil
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou a instalação de seis novos inquéritos para investigar o ato golpista de 8 de janeiro a pedido do subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos na PGR.
Dos seis novos inquéritos, três têm como objetivo apurar os responsáveis por estimular o ato criminoso; aqueles que financiaram os atos; e os que participaram diretamente da depredação dos Três Poderes. Os outros três inquéritos apuram a participação de deputados federais diplomados no estímulo aos atos criminosos.
O subprocurador argumentou que a divisão do inquérito a partir de diferentes graus de responsabilidade pelos atos bolsonaristas em Brasília é necessária para agilizar as investigações. Os crimes citados são dano qualificado contra o patrimônio da União, associação criminosa armada, golpe de Estado, deterioração de patrimônio tombado, furto qualificado pelo rompimento de obstáculo e terrorismo.
No total, sete investigações sobre os atos golpistas tramitam no STF. Em uma delas, o ex-presidente Jair Bolsonaro foi incluído sob a suspeita de ser um dos autores intelectuais ao estimular atos contra o Estado Democrático de Direito.
Nos despachos, Moraes afirmou que "os agentes públicos (atuais e anteriores) que continuarem a se portar dolosamente dessa maneira, pactuando covardemente com a quebra da democracia e a instalação de um estado de exceção, serão responsabilizados".
"Absolutamente todos serão responsabilizados civil, política e criminalmente pelos atos atentatórios à democracia, ao Estado de Direito e às instituições, inclusive pela dolosa conivência —por ação ou omissão motivada pela ideologia, dinheiro, fraqueza, covardia, ignorância, má-fé ou mau-caratismo", escreveu.
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