Lula sobre conflito entre Rússia e Ucrânia: "Não me conformo em ter que falar de guerra"

 Petista pede "paz" a líderes mundiais e ironiza viagem de Bolsonaro para encontro com Putin

Ex-presidente comentou conflito no leste europeu em entrevista a rádios de Goiás e do Distrito Federal - Reprodução/YouTube                  

O ex-presidente Lula (PT) comentou a operação militar anunciada pelo presidente russo Vladimir Putin e Donbass, na Ucrânia. Segundo o petista, "é lamentável que, na segunda década do século 21, a gente tenha países tentando resolver suas divergências, sejam territoriais, políticas ou comerciais, através de bombas, de tiros, de ataques, quando deveria ter sido resolvido numa mesa de negociação".

As declarações foram feitas durante entrevista concedida na manhã desta quinta-feira (24) às rádios Supra FM, de Luziânia (GO) e do Gama (DF), e 103.5 FM, que é transmitida para o Entorno do Distrito Federal. O bate-papo foi mediado pelo jornalista e apresentador Hélio Porto Jr. e contou com transmissão pelas rádios e também pelas redes sociais do ex-presidente.

Lula relembrou que as grandes potências mundiais invariavelmente se envolvem em episódios bélicos "sem pedir licença": "Acho que ninguém pode concordar com guerra, mas a gente está acostumado a ver que as potências de vez em quando fazem isso sem pedir licença. Foi assim que os Estados Unidos invadiram o Afeganistão e o Iraque. Foi assim que a França e a Inglaterra invadiram a Líbia”, afirmou.

Segundo o ex-presidente, “as Nações Unidas têm que levar em conta que não têm mais a mesma representatividade que tinham, levar em conta que a geografia política do mundo mudou. É preciso colocar mais países para participar do Conselho de Segurança, ter mais representação da África, da América Latina. É importante aumentar a capacidade de governança da ONU, que não seja uma instituição apenas decorativa”.

Lula criticou a cobertura das tensões entre Ucrânia e Rússia, assim como a ideia propagada pelo atual governo, de que a visita do presidente Jair Bolsonaro a Moscou, na semana passada, teria servido para aplacar esse conflito.

“Quem acompanhou a imprensa nos últimos dias teve a impressão que teve mais gente instigando a invasão para justificar o seu discurso do que gente falando em paz. Parece até uma piada, o Bolsonaro foi lá falando que ia resolver a paz e agora eu acho que é importante mandar ele lá pra Ucrânia, para ver se ele consegue resolver o problema. Como ele adora falar mentira, fazer fake news, ele foi lá e tentou passar para sociedade que foi lá numa missão”, lembrou. “É uma tristeza estar falando aqui de guerra, eu não me conformo”.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Luís Roberto Barroso assume presidência do STF na próxima quinta-feira (28)

Após ofício desnecessário do Ministério da Defesa, TSE permite análise de códigos-fonte

PF faz buscas contra general por participação no 8 de janeiro; militar integrou gestão de Pazuello no Ministério da Saúde

Governo quer usar Copa Feminina para trazer evento ao Brasil em 2027

Justiça determina indenização de R$ 1 milhão para filho de Genivaldo, morto em Sergipe por agentes da PRF em 'câmara de gás

Justiça torna réu preparador físico do Universitario-PER por racismo, mas decide pela soltura

SERIE B: NÁUTICO VENCE E MANTÊM O TOPO E VASCO SÓ EMPATA

Após declaração de guerra por Israel, número de mortes se aproxima da casa dos milhares

Governo anuncia pacote para aumentar crédito para estados e municípios

Baianão 2022: Em 'jogo de seis pontos', Vitória e Atlético de Alagoinhas se enfrentam no Barradão