Com 178 mortes registradas, catástrofe de Petrópolis (RJ) já é maior da história da cidade

 Movimentos populares organizam campanhas de doação de alimentos e itens de limpeza e higiene para desabrigados

Na madrugada de domingo (20), os ventos obrigaram os socorristas a interromper os trabalhos de busca, retomados nesta segunda (21) por volta das 7h                                                                

As buscas pelas vítimas avançam pelo sétimo dia em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, após as chuvas da última semana. Na tarde desta segunda-feira (21), o Corpo de Bombeiros informou que o número de mortos soma 178 pessoas. Esse é o maior número de vítimas fatais já registrado na história das catástrofes com chuvas na cidade.  

Antes, o maior número de vítimas tinha sido registrado em 1988, quando morreram 171 pessoas. 

Ainda de acordo com os Bombeiros, há 110 desaparecidos. Na madrugada de domingo (20), os ventos obrigaram os socorristas a interromper os trabalhos de busca, retomados nesta segunda-feira (21) por volta das 7h. Há previsão de chuva ao longo do dia.

Nesta segunda também foi iniciado pela Polícia Civil um mutirão de coleta de DNA para acelerar o trabalho de identificação de vítimas. Até o início da manhã, 143 corpos haviam sido identificados.

Campanha

Diversas campanhas de solidariedade estão sendo organizadas para ajudar familiares das vítimas e desabrigados na cidade. Uma delas, está sendo organizada pelo Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).

Durante esta semana, os recursos doados à Campanha Permanente de Solidariedade Mutirão Contra a Fome serão destinados à compra de alimentos agroecológicos das famílias camponesas do MPA, para que possam permanecer no campo produzindo alimentos saudáveis.

Além dos alimentos também serão levados material de limpeza, máscaras, álcool em gel, fraldas (adulto e infantil), absorventes e outros itens de higiene e limpeza que podem ser entregues nos postos de coleta.

As doações para a campanha podem ser feitas via depósito bancário, transferência via PIX ou através de itens levados até os pontos de arrecadação. 



“As políticas públicas para a Agricultura Familiar Camponesa têm sido menosprezadas nos últimos anos, como nos últimos dois anos, quando Bolsonaro vetou o socorro aos pequenos agricultores, privilegiando o agronegócio. Até agora nada foi feito seja em nível estadual, seja em nível federal”, dizem o MPA e o MAB em nota.

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