Lula vai à Africa para reforçar alianças e debater rumos da governança global

 Agenda começa na cúpula do Brics, onde pode ser definida uma unidade de referência para comércio entre países do bloco

Além de China, Índia, Rússia, Brasil e África do Sul, outros países devem se tornar membros do Brics

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarca no próximo domingo (20) para sua primeira viagem de grande porte ao continente africano no atual mandato.

A primeira parada será em Joanesburgo, África do Sul, onde será realizada, de 22 a 24 (de terça à quinta-feira), a 15ª reunião de cúpula do Brics, grupo formado por cinco grandes economias que não integram o G7, o chamado clube dos ricos. Além de Lula, o evento contará com a presença dos líderes da China (Xi Jinping), Índia (Narendra Modi) e África do Sul [Cyril Ramaphosa].

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, participará por meio de videoconferências - uma fechada e outra, dia 23, aberta à imprensa -, já que pesa contra ele um mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI), que o considera particularmente responsável ​​pela "transferência ilegal de crianças da Ucrânia para a Rússia" no contexto da guerra iniciada por Moscou contra o país vizinho.

A reunião tratará de três questões importantes, segundo o Ministério das Relações Exteriores do Brasil: a expansão do BRICS (os anfitriões convidaram 67 países); as questões relativas à África, não só em termos de desafios, mas também de oportunidades; e a discussão sobre a questão do uso de moedas locais para transações comerciais, uma eventual unidade de referência do BRICS. “É possível que haja um resultado nessa área”, afirmou o embaixador Eduardo Saboia na última quarta-feira (16).

Segundo comunicado da chancelaria sul-africana, a declaração final do encontro "refletirá as opiniões dos países do BRICS sobre problemas regionais, globais, financeiros e econômicos".

Angola

De Joanesburgo, Lula segue para Luanda, onde será recebido pelo presidente de Angola, João Lourenço, nos dias 25 e 26, pela Assembleia Nacional, e participará de um seminário e de um evento empresarial que deverá ter a presença de cerca de 60 empresários brasileiros.

As relações entre os dois países são intensas desde 1975, quando o Brasil foi a primeira nação a reconhecer a independência de Angola. Em 2010, no segundo mandato do presidente Lula, os governos brasileiro e angolano firmaram uma parceria estratégica para ampliar a cooperação em diversas áreas, segundo o Palácio do Planalto.

Um exemplo de cooperação é o Programa de Desenvolvimento Regional do Vale do Cunene, área no sul do país castigada pela seca, que é desenvolvido a partir de parceria com a Embrapa, utilizando técnicas de agricultura e irrigação aplicadas no Vale do Rio São Francisco, onde as condições climáticas e de solo são semelhantes.

São Tomé e Príncipe

No domingo (27), Lula irá a São Tomé, capital de São Tomé e Príncipe, para participar da 14ª Conferência de Chefes de Estado da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), entidade que tem como membros Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

Segundo o Planalto, a intenção dessa viagem é reforçar o compromisso do Brasil em ampliar alianças com o continente africano.

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