Deputado estadual de Goiás é alvo de operação Lesa Pátria da Polícia Federal que investiga atos de 8 de janeiro
Suspeito de envolvimento nos atos golpistas, o nome do político ainda não foi divulgado oficialmente pela corporação
A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta terça-feira (29) a 15ª fase da Operação Lesa Pátria e cumpre dois mandados de busca e apreensão contra um parlamentar estadual em Goiás, na capital Goiânia e no município de Piracanjuba. A corporação não divulgou a identidade do político, mas segundo o g1 e o Uol Notícias, trata-se do deputado Amauri Ribeiro (União Brasil-GO), ex-prefeito de Piracanjuba.
Em comunicado, a PF informou que a operação tem o objetivo de identificar pessoas que incitaram, participaram e fomentaram os fatos ocorridos em 8 de janeiro, em Brasília/DF. Na ocasião, as sedes dos Três Poderes (Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal) foram invadidas e houve depredação do patrimônio público.
Os mandados foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal. Ainda em nota, a PF apontou que os fatos investigados podem constituir os seguintes delitos: crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido e crimes da lei de terrorismo.
Pessoas que incitaram, participaram e fomentaram os fatos ocorridos em 8 de janeiro estão sendo investigadas pela Polícia Federal
Sobre Amauri Ribeiro
Em junho deste ano, o deputado estadual Amauri Ribeiro (União-GO) pediu que o Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitasse qualquer pedido de prisão contra ele, em um documento encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes.
A solicitação foi feita depois que o jornal O Globo publicou que a Polícia Federal (PF) deve requisitar a prisão do parlamentar, uma vez que Ribeiro confessou que financiou acampamentos bolsonaristas em frente a quartéis do Exército.
“Eu também deveria estar preso. […] Eu ajudei a bancar quem estava lá. Pode me prender, eu sou um bandido, eu sou um terrorista, eu sou um canalha, na visão de vocês. Eu ajudei, levei comida, levei água e dei dinheiro. Eu acampei lá e também fiquei na porta porque sou patriota”, disse Ribeiro na tribuna da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).
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