Marielle e Anderson: investigação 'muda de patamar' e se aproxima de mandantes, diz Dino

 Prisão de Maxwell Corrêa foi fruto de uma delação premiada de Élcio Queiroz, que trouxe novos elementos para o caso

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, durante coletiva nesta segunda-feira (24) - Reprodução Youtube

A operação que resultou na prisão do ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa marca uma mudança de patamar da investigação sobre os assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, que fica mais perto de descobrir os mandantes do crime. A informação foi dada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), em coletiva de imprensa realizada na manhã desta segunda-feira (24).

Dino explicou que a operação foi fruto de informações obtidas por meio de uma delação premiada do ex-PM Élcio Queiroz, preso desde 2019 por participação nos assassinatos de Marielle e Anderson. Nessa delação, Queiroz assumiu a própria participação e de Ronie Lessa no crime e também informou o nome de Maxwell.

"Com isso, nós temos, sob a ótica da Polícia Federal e dos demais participantes da investigação, a conclusão, um fechamento de uma fase da investigação, com a confirmação de tudo o que aconteceu na execução do crime", afirmou Dino, que destacou que a apuração do caso ainda continua.

"Não há, de forma alguma, a afirmação de que a investigação se acha concluída. Pelo contrário. O que acontece é que há um avanço, uma espécie de mudança de patamar da investigação, que agora se conclui em relação ao patamar da execução. Há elementos para um novo patamar, qual seja, a identificação dos mandantes do crime", disse o ministro.

"Naturalmente, há aspectos que ainda estão em investigação em segredo de justiça. O certo é que, nas próximas semanas, provavelmente haverá novas operações derivadas desse conjunto de provas que foi colhido."

O ministro ainda confirmou que o crime tem relação com a ação das milícias que dominam parte do território fluminense. "Sem dúvida há a participação das milícias. Os fatos e provas indicam isso", afirmou Dino.

O ministro acrescentou que "Ronnie, Élcio e Maxwell participam de um conjunto que está relacionado a essas organizações criminosas e milicianas que atuam no Rio de Janeiro".

Além da prisão de Corrêa, a Polícia Federal, em parceria com o Ministério Público do Rio de Janeiro, cumpriu outros sete mandados de busca e apreensão, na capital e na região metropolitana do Rio, no âmbito da Operação Élpis.

Élcio Queiroz está preso desde 12 de março de 2019, acusado de dirigir o carro que perseguiu Marielle. Ele foi preso com o também ex-policial Ronnie Lessa, que teria feito os disparos que executaram a vereadora e o motorista. Ambos respondem por duplo homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emboscada e recurso que dificultou a defesa da vítima) e pela tentativa de homicídio contra Fernanda Chaves.

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