PF faz busca e apreensão contra acusados de agressão à família de Moraes

 Os mandados foram realizados em dois endereços em Santa Bárbara d’Oeste (SP), onde vivem os supostos agressores

Alexandre de Moraes

A Polícia Federal (PF) cumpriu, nesta terça-feira (18), um mandado de busca e apreensão contra o casal Roberto Mantovani Filho e Andréa Mantovani e o genro Alex Zanatta, que foram acusados de agredir o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e seu filho no Aeroporto Internacional de Roma, no último dia 14 de julho. Os mandados foram realizados em dois endereços em Santa Bárbara d’Oeste, no interior de São Paulo, onde vivem os supostos agressores.

Também nesta terça-feira (18), Roberto e Andréa prestaram depoimento à PF, em Piracicaba, no interior de São Paulo. Agora, ambos são alvos do inquérito que apuram as acusações de agressão, ameaça, injúria e difamação.

A confusão teria começado depois que Andréa Mantovani chamou Moraes de "bandido, comunista e comprado". Logo depois Roberto Mantovani Filho ofendeu e agrediu fisicamente o filho do ministro, com um golpe no rosto.

Em entrevista à imprensa, a defesa dos três investigados, representada pelo advogado Ralph Tórtima, afirmou que Roberto nega as agressões. "Ele diz que, em razão de ofensas que eram proferidas à sua esposa, ele afastou essa pessoa – como eu disse, que ele sequer sabia quem era – que fazia ofensas bastante pesadas, muito desrespeitosas à sua mulher", disse Tórtima. "Posteriormente teria sido dito a eles tratar-se do filho do ministro Alexandre de Moraes, mas é algo que eu não sei dizer se é de fato o filho dele."

O advogado também afirmou que os mandados de busca e apreensão têm objetivo de "encontrar alguma vinculação de algum deles com alguma questão relacionada com urna eletrônica ou ataque golpista, o que não existe".

O ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), afirmou que as imagens do ocorrido devem ser enviadas pelas autoridades italianas até a próxima sexta-feira (21). Em entrevista à GloboNews, Dino disse que o caso pode configurar crime contra a honra e de ameaça, além de um ataque ao Estado Democrático de Direito.

"A PF, com isenção e caráter técnico, vai ouvir todas as pessoas. [...] É necessário que haja isto [a investigação] para que haja uma resposta legal para este fato. E também [para a] prevenção, para que outras pessoas não se sintam animadas a prosseguir nessa vereda reprovável de agressões em locais públicos", afirmou.

"Não há liberdade de expressão para cometimento de crimes. As pessoas criaram essa ideia falsa de que, em nome da liberdade de expressão, você pode agredir ou difamar. Não pode", disse.

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