Comissão de Ética pune Salles por viagens com dinheiro público e sem compromissos oficiais

 Salles gastou R$ 230 mil, com maioria de viagens para São Paulo, enquanto era ministro de Bolsonaro

Salles também é investigado pela Comissão de Ética por supostamente favorecer madeireiros ilegais - Twitter/Ricardo Salles

O deputado federal e ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles (PL-SP) foi punido com censura ética pela Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência da República por usar dinheiro público no custeio de viagens a São Paulo, seu reduto eleitoral. 

Entre janeiro de 2019 e junho de 2021, enquanto era ministro do Meio Ambiente de Jair Bolsonaro, Salles fez mais de 130 viagens pelo país, das quais 90 tiveram São Paulo como destino. Em um ano e meio, os trajetos resultaram em gastos de R$ 230 mil com dinheiro público. 

Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo publicada neste sábado (29), Salles fazia parte das viagens para São Paulo na quinta ou na sexta-feira. O ex-ministro só voltava a Brasília no começo da semana seguinte.

Conforme a Comissão de Ética, as viagens eram feitas sem registro dos compromissos públicos na agenda oficial de Salles, o que viola o princípio da transparência e, por isso, configuram infração do Código de Conduta da Alta Administração Federal (CCAAF).

Salles disse ao Estadão que foram prestadas informações à Comissão de Ética. Ele justificou que, devido à escassez de voos comerciais durante a pandemia, “praticamente todos os voos para as diferentes regiões do Brasil partiam de SP, o que foi ignorado pela decisão”.

"Isso sem falar que São Paulo é a cidade onde estão as entidades, associações, empresas, e que durante a pandemia tinham muita dificuldade em ir para Brasília”, acrescentou Salles. 

A conduta de Salles também é analisada em outro procedimento da Comissão de Ética, por suposta interferência na Polícia Federal (PF) enquanto era ministro. Ele foi alvo de uma investigação da PF por ter supostamente beneficiado madeireiros ilegais. 

O delegado da PF Alexandre Saraiva foi afastado da chefia da Superintendência do Amazonas após acusar Salles de usar os poderes de ministro para obstruir as investigações. 

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