Brasil registrou quase 800 indígenas assassinados durante governo Bolsonaro

 Segundo relatório anual do Cimi, somente em 2022 foram 180 casos de mortes violentas de indígenas no Brasil

Em 2022, assim como nos três anos anteriores, Roraima, Mato Grosso do Sul e Amazonas seguem sendo os estados que registraram o maior número de assassinatos de indígenas, com 41, 38, e 30 casos respectivamente

Sob a presidência de Jair Bolsonaro, entre 2019 e 2022, foram registrados 795 homicídios de indígenas. No ano passado, houveram 180 casos no país.

Os dados constam no relatório Relatório Violência Contra os Povos Indígenas no Brasil - 2022, lançado pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi) nesta quarta-feira (26). 

Roraima e Amazonas, estados onde está a Terra Indígena Yanomami (TIY), somaram 208 e 163 assassinatos de indígenas sob Bolsonaro, respectivamente. Em terceiro lugar aparece o Mato Grosso do Sul, com 146 casos. Juntas, as três unidades federativas foram responsáveis por 65% do total de mortes violentas no período.

O Cimi também aponta que os três estados que acumulam os maiores índices de assassinatos de indígenas também são os campeões no número de suicídios. Entre 2019 e 2022, foram totalizadas 535 mortes de indígenas por suicídio, sendo 74% deles no Amazonas, Mato Grosso do Sul e Roraima.

"Esse relatório, diferente dos outros, fecha um ciclo da perversidade, de quatro anos de brutalidades. É por isso que a gente se preocupou em trazer os dados compilados dos últimos quatros anos. Porque no governo do inominável havia um roteiro programático do genocídio", pontuou Roberto Antonio Liebgott, organizador do relatório do Cimi.

O evento de lançamento do relatório ocorreu na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e contou com a presença de lideranças indígenas e representantes da CNBB e do Cimi, dentre eles, Dom Ricardo Hoepers, secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB); Dom Roque Paloschi, presidente do Cimi e arcebispo de Porto Velho (RO); Antônio Eduardo Cerqueira de Oliveira, secretário executivo do Cimi. 

Em 2022, a postura anti-indígena do governo Bolsonaro também se refletiu no aumento de conflitos por direitos territoriais, com 158 registros em todo o país. Já a exploração exploração ilegal de recursos, invasões possessórias e danos ao patrimônio dos indígenas somaram 309 casos, pelo menos em 218 terras indígenas de 25 estados do país. 

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