Transporte de golpistas foi feito por empresários que prestaram serviço a senador e governador

 Relatório da Abin mostra que empresas de ônibus trabalharam para o governador Jorginho Mello e o senador Marcos Rogério

Golpistas provocaram quebradeira em Brasília no dia 8 de janeiro - Agência Brasil

Um relatório da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) mostra que 83 pessoas e 13 empresas estavam envolvidas no financiamento e transporte de golpistas para Brasília, no dia 8 de janeiro, quando bolsonaristas depredaram as sedes do Palácio do Planalto, Superior Tribunal Federal (STF) e Câmara dos Deputados.

O documento afirma que as empresas de ônibus, que já tinham feito campanha pra a reeleição de Jair Bolsonaro (PL) à presidência da República em 2022, receberam o pagamento em dinheiro vivo dos financiadores.

Jhoni dos Santos Bressan, dono da Bernardes & Bernardes, de Rondônia, que prestou serviço à campanha do senador Marcos Rogério (PL-RO), recebeu R$ 30 mil em espécie para levar golpistas até Brasília, na semana do 8 de janeiro.

Em entrevista ao Estadão, que revelou o relatório da Abin, Bressam afirma não saber quem seriam os financiadores. "O cara (motoqueiro) chegava lá de viseira escura e mandava conferir o dinheiro", afirmou o empresário ao jornal paulista.

"Peguei o primeiro envelope com dinheiro em Vilhena (interior de Rondônia). Essa primeira viagem era para deixar acampados no Quartel-General do Exército em Brasília e vendemos por R$ 19 mil, mais diárias. A última (viagem) foi feita por R$ 30 mil", explicou Bressan ao Estadão. O jornal paulista informou que o senador Marcos Rogério foi procurado, mas não se manifestou sobre a participação de Bressan em sua campanha.

Outro bolsonarista que contratou uma empresa de ônibus que levou golpistas até Brasília foi o governador Jorginho Mello (PL-SC). A Odilon Araújo Júnior Transportes, que carrega o nome de seu fundador, confirmou que foi contratada para transportar golpistas até Brasília, mas negou qualquer relação com o governador catarinense.

"Transportei gente do Jorginho de um lado para o outro, mas nem sei se o governador entrou no carro. Não tem nada a ver com as pessoas que me contrataram para o transporte a Brasília no dia 8 de janeiro", afirmou o empresário ao Estadão.

De acordo com a Abin, as pessoas envolvidas na negociação com os empresários do transporte tratavam o 8 de janeiro como o "tomada pelo povo". Ainda segundo a agência, desde o princípio o objetivo do grupo de bolsonaristas era invadir o Congresso Nacional.

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