Rússia critica "histeria" sobre Ucrânia e acusa EUA de hipocrisia por reunião na ONU

 Encontro diplomático ocorreu por solicitação de Washington e representante do EUA disse estar "desapontada" com Moscou

Conselho de Segurança se reuniu nesta segunda para tratar da tensão na Europa                                                         

O embaixador da Rússia na Organização das Nações Unidas (ONU), Vasily Nebenzya, afirmou nesta segunda-feira (31) no Conselho de Segurança que existe uma "histeria" nas discussões sobre uma suposta invasão russa da Ucrânia e criticou os Estados Unidos pela convocação do encontro no fórum internacional.

"As manobras dos EUA para a convocação dessa reunião são hipócritas porque são os estadunidenses que têm o recorde de tropas fora de seu território, tropas dos EUA, armas, incluindo armas nucleares, e conselheiros, que são frequentemente usados a milhares de quilômetros de Washington. E não estou sequer falando das aventuras militares dos EUA que mataram centenas de milhares de civis de países em lugares em que eles supostamente estariam levando paz e democracia", disse Nebenzya.

O representante russo destacou que os Estados Unidos mantêm bases e 135 mil militares fora do país, e que essa presença de tropas representa uma ameaça para a segurança internacional.

Nebenzya tentou cancelar a reunião requisitada pelos EUA, mas apenas a China votou pela não realização do encontro no Conselho de Segurança para discutir a crise ucraniana. O representante chinês no fórum, Chen Xu, destacou que a Otan é um "produto da Guerra Fria" e que Moscou tem preocupações de segurança legítimas.

Já a embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, destacou que a Rússia será julgada por suas ações e que se os incidentes recentes tiverem sido causados por "preocupações russas sobre a segurança na Europa", Washington oferece a oportunidade de sentar na mesa de negociações. "O teste da boa fé da Rússia nos próximos dias e semanas é se eles virão a essa mesa, e ficarão nessa mesa, até que nós atinjamos um entendimento", disse a diplomata estadunidense.

"Não queremos confronto. Mas seremos decisivos, rápidos e unidos caso a Rússia invada ainda mais a Ucrânia. Continuamos a acreditar que há um caminho diplomático para sair da crise causada pelo fortalecimento militar não provocado da Rússia", destacou Thomas-Greenfield.

A embaixadora dos EUA disse estar "desapontada mas não surpresa" com os comentários russos e que eles trariam uma "falsa equivalência".

O embaixador do Quênia na ONU, Martin Kimani, afirmou que a crise é causada por um impasse que pode ser resolvido entre Rússia e Otan. E destacou um provérbio africano: "Quando os elefantes brigam, é a grama que sofre".

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