Relatório da CPMI do 8 de janeiro será lido e votado nos dias 17 e 18 de outubro

 A oposição deve anunciar um voto alternativo ao da relatora

CPMI investiga os atos criminosos do 8 de janeiro

O relatório da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos golpistas do 8 de janeiro será apresentado pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA), no dia 17 de outubro.  

No mesmo dia, a oposição deve anunciar um voto em separado sobre o documento, que é um voto alternativo ao da relatora. O posicionamento desse grupo, no entanto, só será aceito se o voto da relatora for rejeitado, o que não deve ocorrer.  

O presidente Arthur Maia (União Brasil-BA) também anunciou que é esperado um pedido de vista, que terminará às 9h da quarta-feira (18). Neste dia, os parlamentares votam pela aprovação ou não do documento. 

A expectativa é que o relatório traga a sugestão de indiciamento de autoridades e lideranças que apoiaram Jair Bolsonaro (PL) no ataque às instituições democráticas do país, como o processo eleitoral. Uma dessas pessoas deve ser o ex-ajudante de ordens do ex-presidente, o tenente-coronel Mauro Cid.  


Mauro Cid

O militar foi peça-chave nas articulações de Bolsonaro na tentativa de um golpe. Em delação à Polícia Federal (PF), ele afirmou que Bolsonaro consultou militares sobre uma minuta golpista, que previa convocação de novas eleições e prisão de adversários. Segundo o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, essa reunião ocorreu logo após o recebimento do plano, entregue pelo seu então assessor para assuntos internacionais, Filipe Martins.  

As informações são do site Uol, que teve acesso a um dos depoimentos, divulgado em 21 de setembro. Os relatos de Cid fazem parte da delação premiada à PF, homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). 

Aos investigadores, Cid também detalhou que, posteriormente, Bolsonaro se reuniu com militares de alta patente e mostrou a eles parte do plano. O objetivo era verificar a receptividade à ideia golpista.  

O único apoiador, de acordo com a delação, foi o comandante da Marinha, almirante Almir Garnier. O militar já havia demonstrado sua insatisfação com o resultado democrático do pleito quando se negou a participar da cerimônia de troca de posse do comando da Marinha para Marcos Sampaio Olsen, escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A recusa de Garnier foi considerada uma quebra de protocolo. 

Apesar de Bolsonaro não conseguir adesão do Alto Comando das Forças Armadas, os investigadores suspeitam que as articulações do ex-presidente com os militares resultaram na tentativa de golpe do 8 de janeiro, em Brasília.  

A PF também apura se o plano recebido por Bolsonaro é o mesmo encontrado na residência do ex-ministro da Justiça Anderson Torres. A minuta golpista apreendida também autorizava a prisão de adversários, e ainda determinava a decretação de um "estado de defesa" na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para apurar supostas irregularidades. Isso poderia resultar na convocação de um novo pleito. 

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