Execução de médicos na Barra da Tijuca podia ter como alvo miliciano

 Principal hipótese é de que traficantes teriam confundido uma das vítimas com miliciano da Zona Oeste

Taillon é apontado como integrante de milícia que atua em bairros da Zona Oeste e seria alvo de ataque em quiosque na Barra - Reprodução/TV Globo

Uma linha de investigação da Polícia Civil do Rio de Janeiro aponta que os médicos executados na Barra da Tijuca na madrugada desta quinta-feira (5) foram baleados por engano. A principal hipótese é de que traficantes teriam confundido uma das vítimas com um miliciano. 

A informação foi obtida pela TV Globo com fontes da polícia. Segundo essa linha de investigação, o alvo seria Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, filho de Dalmir Pereira Barbosa. Os dois são apontados como integrantes de uma milícia que atua em bairros da Zona Oeste. 

Em 2020, Taillon chegou a ser preso acusado de fazer parte de uma organização criminosa que atuava em Rio das Pedras. De acordo com o jornal O Globo, ele obteve liberdade condicional em setembro deste ano e mora a poucos metros do local do crime, na Avenida Lúcio Costa. 

A semelhança física do médico Perseu Ribeiro Almeida, de 33 anos, com o miliciano Taillon teria motivado o ataque, segundo a polícia. Perseu aparece com a camisa do Bahia na último foto do grupo antes do crime. Outras linhas de investigação ainda não foram descartadas.

Assassinato em quiosque

Além de Perseu, o irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP), Diego Bomfim, de 35 anos, e Marcos de Andrade Corsato, 62 anos, foram mortos. O crime ocorreu em um quiosque, na Avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, pouco antes de 1h desta quinta-feira (5).

Apenas Daniel Sonnewend Proença, 32 anos, sobreviveu ao ataque. Ele se encontra em uma unidade particular do Hospital Municipal Lourenço Jorge, para onde foi levado com pelo menos três tiros.

Os médicos, que não eram do Rio de Janeiro, estavam na cidade para o 6º Congresso Internacional de Cirurgia Minimamente Invasiva do Pé e Tornozelo. Eles estavam hospedados no Hotel Windsor, que sedia o evento, em frente ao quiosque onde foram assassinados. 

Diego Ralf Bomfim era especialista em reconstrução óssea pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da FMUSP. Marcos de Andrade Corsato era assistente, e Perseu Ribeiro Almeida era especialista em cirurgia do pé e tornozelo, ambos no mesmo instituto. Daniel Sonnewend Proença é formado pela Faculdade de Medicina de Marília (SP) e especialista em cirurgia ortopédica. 

O modo como foi praticado o crime aponta para indícios de execução. A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) da Polícia Civil, no entanto, ainda investiga o caso.

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