Seca extrema segue castigando moradores da cidade e do campo no Amazonas

 Causada pelo El Niño neste ano, desastre ameaça povos indígenas que dependem da pesca

Pescadores da Colônia Antônio Aleixo caminham pelo canal do igarapé de acesso ao lago, em Manaus

A seca mais extrema dos últimos anos na Bacia Amazônica segue castigando a população das cidades e das florestas no Amazonas. Nesta quarta-feira, 11, a capital Manaus registrou níveis de poluição do ar intensas, com a fumaça causada pelas queimadas na região tampando até prédios turisticos da cidade, como o Teatro Amazonas e outros edifícios.

Em paralelo a isso, a Articulação das Populações e Povos Indígenas do Amazonas (Apiam) que representa 63 povos da floresta, divulgou um comunicado essa semana pedindo que o governo brasileiro decrete emergência climática, e adote medidas para socorrer a população da região que depende da bacia hidrográfica para garantir seu sustento.

"Pedimos aos governos da Amazônia, do Brasil e do mundo que declarem emergência climática e façam algo urgentemente para enfrentar a enorme vulnerabilidade climática e social a que estão expondo os povos indígenas e as populações tradicionais", diz o comunicado da Apiam.

De acordo com a entidade, os rios Negro, Solimões, Madeira, Juruá e Purus estão baixando em ritmo recorde. Somado a isso, segundo a Apiam, os incêndios florestais estão destruindo a floresta tropical em novas áreas no baixo Amazonas.

Neste cenário, a população ribeirinha e indígena da região, responsáveis pela pesca e agricultura sustentável na maior bacia hidrográfica do mundo, sofrem para conseguir navegar e tirar seu sustento em meio à seca dos cursos d'água.

 O fenômeno, que pode durar até o início de 2024, atinge centenas de comunidades, que perderam o acesso a lagos onde peixes como o pirarucu e o tambaqui são manejados de forma sustentável, com plano de manejo, sem esgotar os recursos naturais. 

O cenário catastrófico é uma consequência do fenômeno El Niño deste ano, caracterizado como um aquecimento anormal das águas do Pacífico Norte. Assim como outros eventos climáticos porém, o El Niño este ano está mais intenso, o que culminou na seca extrema em toda a região, secando rios usados para navegação.

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