Cirio de Nazaré reuniu mais de 2 milhões de pessoas em Belém

 Movimentos populares estiveram presentes na maior romaria católica do mundo

Procissão acontece há 231 anos

As ruas da região central de Belém foram tomadas por mais de 2 milhões de fiéis que participaram da Grande Procissão do Círio de Nazaré 2023. A multidão percorreu quase 4 quilômetros entre a Catedral da Sé a Basílica de Nazaré. 

Maior procissão católica do mundo, o evento contou com a participação do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). Pelo terceiro ano, eles realizaram a Caminhada dos Militantes, em homenagem às pessoas que trabalham e lutam pela garantia de direitos humanos e sociais. 

A manifestação saiu do município de Benevides e seguiu até a Basílica, um trajeto de 35 quilômetros. “A caminhada simboliza a crença em um mundo melhor, na reconstrução de um Brasil mais justo, um país com justiça social e com menos empreendimentos predatórios”, declarou o MAB, em texto publicado no site da organização. 

História 

O Círio de Nazaré é celebrado há 231 anos, em homenagem à padroeira do Pará, Nossa Senhora de Nazaré. Além da procissão, o evento é palco de uma série de atividades religiosas, culturais e de solidariedade.  

Realizada pela primeira vez em 1793, a procissão simboliza uma devoção ainda mais longeva. Os primeiros registros de adoração à santa datam do século anterior, pelas missões jesuítas. Em 1700, Plácido José de Souza, também conhecido como Caboclo Plácido, teria encontrado uma imagem da santa nas pedras do Igarapé Murutucu. 

O local ficava próximo de onde hoje está a Basílica e se tornou região de peregrinação, ofertas e doações. A movimentação crescente teve impacto direto nas mudanças territoriais. Inicialmente, foi construída uma pequena capela, mas o volume de pessoas que visitavam a imagem exigiu que novos templos fossem erguidos ao longo dos anos. 

Mais famílias se instalaram nos arredores, o que foi acompanhado de desenvolvimento comercial e urbano. Em 1920, a imagem original encontrada por Caboclo Plácido foi colocada na Basílica ainda em processo de construção. Até hoje, ela só deixou o local três vezes: em 1953, quando recebeu uma coroa e um manto; em 1990, para a visita do papa João Paulo Segundo; e em 1993, durante a edição 200 do Círio.

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