Bolsonaristas migram para o PL, PSD racha apoio a Eduardo Leite: Ronda Política

 Confira também: MDB, PSDB e União Brasil anunciaram que terão candidatura única à Presidência

 Bia Kicis e Carla Zambelli
Bia Kicis e Carla Zambelli estão entre os nomes que irão migrar do União Brasil para o PL                                                         

O Partido Liberal (PL), que abriga o presidente Jair Bolsonaro desde novembro do ano passado, receberá a filiação de uma leva de bolsonaristas nesta semana.  

O evento de filiação da deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), do jogador de vôlei Maurício Souza e do cantor Netinho ocorre nesta terça-feira (15), em Brasília, na sede do partido. No sábado (19) é a vez do filho do capitão reformado, o Zero Dois, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (União-SP), se filiar à sigla. 

Também é esperada a filiação de outros parlamentares: Coronel Tadeu (União Brasil-SP), Sanderson (União Brasil-RS) Hélio Lopes (União Brasil-RJ), Bia Kicis (União Brasil-DF), Éder Mauro (PSD-PA), Chris Tonietto (União-PR), Léo Motta (União-MG), Major Fabiana (União-RJ), Sóstenes Cavalcante (União-RJ) e o ex-ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio (União-MG). 

A expectativa é que o PL tenha entre 60 e 65 deputados até o fim de março, quando termina o período da janela partidária. Com as novas figuras, o PL irá ultrapassar o PT e se tornar a segunda maior bancada da Câmara dos Deputados.  

A sigla ficará atrás apenas do União Brasil, fruto da fusão entre DEM e PSL, que desde 8 de fevereiro, quando foi reconhecido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), já perdeu pelo menos 16 deputados federal, de acordo com um levantamento feito pelo Poder360. A maioria migrou para o PL. 

Alexandre Ramagem deixa Abin para se filiar ao PL 

O diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, vai deixar o cargo para também se filiar ao PL. O objetivo é se candidatar a deputado estadual ou federal pelo Rio de Janeiro.  

Desde o ano passado, Ramagem vem se posicionando politicamente nas redes sociais e entrevistas a favor das pautas bolsonaritas e do próprio presidente.  


Alexandre Ramagem, atual diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e amigo pessoal de Carlos Bolsonaro 

Em maio de 2021, Ramagem publicou que o "voto auditável significa segurança ao pleito eleitoral e evolução das urnas eletrônicas. Assegura integridade e transparência aos resultados do sufrágio universal. Compromisso com a representatividade popular e a democracia".  

Mais recentemente, em entrevista a um canal do Youtube, Ramagem fez críticas ao ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro. "O Moro no começo pareceu um grande acerto, uma grande esperança. Depois foi uma grande decepção e o que se viu foi uma deliberada traição. Uma traição não ao presidente, mas à sociedade", disse.

Ramagem já coordenou a segurança pessoal de Bolsonaro, foi assessor especial da Secretaria de Governo da Presidência da República, além de já ter sido nomeado superintendente regional da PF no Ceará. 

União, MDB e PSDB em candidatura única 

Os partidos MDB, PSDB e União Brasil anunciaram que irão lançar candidatura única à Presidência da República em 1º de junho. O anúncio reflete a decisão pela aliança específica para o pleito deste ano no lugar de uma federação, o que obrigaria os partidos a atuarem juntos por pelo menos quatro anos.  

Não há ainda, no entanto, unanimidade acerca de um nome, segundo o presidente tucano, Bruno Araújo. Atualmente, Simone Tebet (MDB-MS) e João Doria (PSDB) são os pré-candidatos à Presidência anunciados por dois dos partidos que compõem a união. 

“Não há unanimidade de candidatura nenhuma no conjunto dos partidos, em relação de quem quer que seja. São critérios que quando estiverem definidos vão ser executados e vão ser respeitados. Importante é que Simone Tebet, João Doria, Luciano Bivar, nomes apresentados pelo União Brasil, nomes que podem ser apresentados como alternativa, vão estar no processo de discussão e haverá – na parte de todos os partidos envolvidos – um respeito dos critérios definidos”, afirmou à CNN Brasil

“Passado o período de janelas, cuidando cada um das realidades partidárias, de descompatibilização de prefeitos e governadores, nós focaremos no entendimento de qual é o critério de escolha desse candidato até 1º de junho”, disse. 

PSD racha apoio a possível candidatura de Eduardo Leite  

A despeito da tentativa de Gilberto Kassab, presidente do PSD, emplacar o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), como possível presidenciável pelo partido, o senador Omar Aziz (PSD-AM) afirmou recentemente que a tentativa é indiferente.


Presidente Jair Bolsonaro e governador do RS, Eduardo Leite, em evento em 2020 

“Minha posição já foi colocada lá atrás. Podem fazer cem reuniões, podem entrar cem pessoas no partido, para mim está sendo indiferente, meu candidato é o Lula”, afirmou em entrevista à Veja.  

O parlamentar é parte de um grupo dentro do PSD que está descontente com a possibilidade de Leite como presidenciável pela sigla. Há também aqueles que são mais próximos do presidente Jair Bolsonaro, como os deputados Domingos Neto (CE) e Joaquim Passarinho (PA), que não veem com bons olhos ascensão do governador gaúcho dentro do partido. 

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