Lula propõe gás de cozinha como item da cesta básica: "Não faz sentido pagar R$ 122 no botijão"
Ex-presidente se diz preocupado com brasileiros que, sem condições de pagar pelo gás, se arriscam cozinhando com lenha
O ex-presidente Lula (PT) disse, em entrevista à rádio Conexão 98 FM, de Palmas (TO), na tarde dessa terça-feira (19), que pretende incluir o gás de cozinha como item da cesta básica no Brasil.
O petista se disse preocupado com os brasileiros que, sem condições de pagar pelo gás, se arriscam cozinhando com lenha. Lula também criticou a política de dolarização dos combustíveis, que faz os preços subirem.
“Não tem sentido nesse país alguém pagar R$ 122 num botijão de 13 quilos de gás e ter gente cozinhando no meio da rua em São Paulo e no Rio de Janeiro com tijolo e lenha porque não tem dinheiro para comprar o gás. Durante todo o período que governamos o Brasil, nós não aumentamos o gás na Petrobras. O gás tem que ser considerado um bem da cesta básica. É isso que nós temos que fazer", declarou.
Lula chamou de irresponsabilidade governamental o descontrole nos preços e disse que, se voltar a governar, vai "abrasileirá-los". De acordo com o ex-presidente, a paridade dos combustíveis brasileiros aos preços internacionais serve apenas para aumentar dividendos para acionistas.
“Se eu voltar a governar esse país, nós vamos abrasileirar o preço do gás, o preço do óleo diesel, os preços da gasolina. Nós somos autossuficientes, o petróleo é prospectado em real, as sondas são feitas em reais, os trabalhadores ganham salário em real, portanto não há explicação para dolarizar. Não é possível uma pessoa gastar 400 reais para encher o tanque de um gol. Isso é irresponsabilidade governamental”, disse.
Lula disse ainda que a solução para os problemas do Brasil passa por eleger um presidente que tenha credibilidade interna e externa e previsibilidade das coisas que vai fazer. “Lamentavelmente, nós não temos governo, então é preciso refazer a democracia, reconstruir a governança e fazer com que esse país viva bem.”
Assista à íntegra da entrevista:
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